Jovens trabalhadores-estudantes: mudanças entre as edições

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<p>'''Autoria''': Luiz Augusto Gomes</p>
'''Autoria''': Luiz Augusto Gomes


== Sobre ==
<p>Partimos da compreensão que os jovens desse grupo são trabalhadores e ajudam no rendimento mensal de suas casas (quando não sustentam sozinhos) ou praticam alguma atividade doméstica para seus responsáveis trabalharem fora; estudam muitas vezes em condições precárias; são marginalizados pelo Estado e os seus aparelhos de repressão e experimentam a superexploração (MARINI, 1973) do trabalho pelo capital.&nbsp;</p>
<p>Partimos da compreensão que os jovens desse grupo são trabalhadores e ajudam no rendimento mensal de suas casas (quando não sustentam sozinhos) ou praticam alguma atividade doméstica para seus responsáveis trabalharem fora; estudam muitas vezes em condições precárias; são marginalizados pelo Estado e os seus aparelhos de repressão e experimentam a superexploração (MARINI, 1973) do trabalho pelo capital.&nbsp;</p>
<p>Para Bernard Charlot (2007), ao estudarmos os jovens se faz necessário nomearmos como juventudes, a fim de expressar a complexidade étnica, sexual e geracional que o grupo carrega. “Esse é um dos embasamentos para a utilização do termo juventudes no plural e leva a combinar o plural com a unicidade dos jovens, em especial em relação a outras gerações”. (CHARLOT, 2007, p.209, apud ALVARENGA e OLIVEIRA, 2014, p.4).</p>
<p>Para Bernard Charlot (2007), ao estudarmos os jovens se faz necessário nomearmos como juventudes, a fim de expressar a complexidade étnica, sexual e geracional que o grupo carrega. “Esse é um dos embasamentos para a utilização do termo juventudes no plural e leva a combinar o plural com a unicidade dos jovens, em especial em relação a outras gerações”. (CHARLOT, 2007, p.209, apud ALVARENGA e OLIVEIRA, 2014, p.4).</p>
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<p>A condição problemática enfrentada pelo jovem na falta de experiência, na pouca qualificação profissional ou em alguns casos, os reduzidos anos de escolaridade, faz com que eles sejam as principais vítimas do desemprego ou empurrados para o subemprego. Segundo dados do IBGE (2016), aproximadamente 24,1% dos jovens trabalhadores brasileiros encontravam-se desempregados só no primeiro trimestre de 2016. A forma precária de ingresso no mundo do trabalho é o reflexo das novas demandas de produção capitalista. Baixos salários, precarização e a superexploração do trabalho tornaram-se comuns para o universo dos jovens pertencentes à classe trabalhadora.</p>
<p>A condição problemática enfrentada pelo jovem na falta de experiência, na pouca qualificação profissional ou em alguns casos, os reduzidos anos de escolaridade, faz com que eles sejam as principais vítimas do desemprego ou empurrados para o subemprego. Segundo dados do IBGE (2016), aproximadamente 24,1% dos jovens trabalhadores brasileiros encontravam-se desempregados só no primeiro trimestre de 2016. A forma precária de ingresso no mundo do trabalho é o reflexo das novas demandas de produção capitalista. Baixos salários, precarização e a superexploração do trabalho tornaram-se comuns para o universo dos jovens pertencentes à classe trabalhadora.</p>


<p>'''Referências'''</p>
== Referências ==
<p>CHARLOT, B. Valores e normas da juventude contemporânea. In: PAIXÃO, Lea e ZAGO, Nadir. Sociologia da Educação; pesquisa e realidade. (orgs.). Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. p. 203-221.</p>
<p>CHARLOT, B. Valores e normas da juventude contemporânea. In: PAIXÃO, Lea e ZAGO, Nadir. Sociologia da Educação; pesquisa e realidade. (orgs.). Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. p. 203-221.</p>
<p>HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo. Edições Loyola, 19º edição. 2010. 349 p.</p>
<p>HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo. Edições Loyola, 19º edição. 2010. 349 p.</p>