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Escreva seu primeiro verbete!
(Coloquei "veja também" e modifiquei subtítulos) |
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== História == | == História == | ||
<p style="text-align: justify;">A Serra da Misericórdia, incialmente chamada de serra chorona, por conta da quantidade de nascentes que ela apresenta, é o quarto maciço urbana da cidade do Rio de Janeiro, depois da Floresta da Tijuca, Medanha e Pedra Branca; se estendendo por 27 bairros da Zona Norte do município e se constitui a principal área verde da região. Ela tem uma importância histórica, ambiental e política imensurável para a região. </p> <p style="text-align: justify;">Boa parte da história da militância da região do Complexo do Alemão passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo Verderjar Socioambiental, fundada em 1997. O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra. No início dos anos 2000, foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.</p> <p style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região. Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.</p> | <p style="text-align: justify;">A Serra da Misericórdia, incialmente chamada de serra chorona, por conta da quantidade de nascentes que ela apresenta, é o quarto maciço urbana da cidade do Rio de Janeiro, depois da Floresta da Tijuca, Medanha e Pedra Branca; se estendendo por 27 bairros da Zona Norte do município e se constitui a principal área verde da região. Ela tem uma importância histórica, ambiental e política imensurável para a região. </p> <p style="text-align: justify;">Boa parte da história da militância da região do [[Complexo do Alemão]] passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo [[Verderjar Socioambiental]], fundada em 1997. O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra. No início dos anos 2000, foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.</p> <p style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região. Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.</p> | ||
== Serra da Misericórdia, Te amo! == | == Serra da Misericórdia, Te amo! == | ||
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== Abraço ao lago == | == Abraço ao lago == | ||
<p style="text-align: justify;"> | <p style="text-align: justify;">A ideia de dar um abraço simbólico no lago surgiu da necessidade de mobilizar os moradores do Complexo do Alemão e entorno para importância da construção do parque ecológico na Serra da Misericórdia, para a desativação da pedreira e, por conseguinte, preservar o que ainda resta do ecossistema e recuperar as áreas degradas, de modo a contribuir para o desenvolvimento sustentável. Vários artistas locais, convidados e moradores subiram a Serra para participar do evento. A mobilização levou cerca de 150 pessoas ao grande lago, entre elas: MC Playboy, Choro da Serra e Orquestra Voadora. Houve também coleta de lixo, plantio de mudas de árvores, poesia e muita diversão. </p> <p style="text-align: justify;">Moradores apoiaram o evento e ficaram felizes com a iniciativa. No momento do abraço todos, com muita descontração, deram as mãos em torno do lago, fizeram “hola” e gritaram: “O LAGO É NOSSO!”. De acordo com as instituições organizadoras do evento o Parque Ecológico é uma reivindicação antiga e que agora ganha força com movimentos sociais e moradores que querem a construção dele, tanto quanto a construção do plano de gestão participativa dos equipamentos públicos. </p> <p style="text-align: justify;">As solicitações da construção do parque ecológico e promoção de novas práticas saudáveis para os moradores do Complexo do Alemão e adjacências não encontram melhor momento para a implementação. Todas as melhorias devem ter como prioridade o morador, sendo assim, requisitamos ao Governo atenção ao ofício de nº 1/2009 protocolado no dia 12 de novembro de 2009 junto à Secretaria Geral da Presidência do Brasil, a Presidência da Caixa Econômica, ao Governo do Estrado e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro com cópia para os Ministérios público Estadual e Federal. </p> <p style="text-align: justify;">Acreditamos que após o evento de hoje (ontem) o Governo vai nos ouvir e abrir um canal para o diálogo, não como meros legitimadores do processo (como vem acontecendo com as obras do PAC), mas como participantes legítimos dele. Isso implica dizer em envolvimento com e das diversidades e multiplicidades de atores sociais previsto pelo Projeto Técnico do Trabalho Social (PTTS), tomadas de decisão e diálogos permanentes com efetiva participação popular. O Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da misericórdia, as redes sociais e moradores do Complexo do Alemão e adjacências aguardam o diálogo frente às reivindicações. </p> | ||
== Veja também == | == Veja também == | ||
*[[Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM)]] | *[[Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM)]] | ||
[[Category:Complexo do Alemão]] [[Category:Conflito Ambiental]] [[Category:Temática - Meio Ambiente]] | [[Category:Complexo do Alemão]] [[Category:Conflito Ambiental]] [[Category:Temática - Meio Ambiente]] |
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