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Nós não descartamos a colaboração cidadã (que segue o viés da ciência cidadã e do conceito de cidadania) dos mapeadores da comunidade OpenStreetMaps. Nós simplesmente cruzamos esse tipo de colaboração com as ações comunitárias e solidárias do Preventório. Exemplo desse cruzamento entre o comunitário e o cidadão foi o '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' que realizamos juntando mapeadores da comunidade OpenStreetMaps e pessoas que vivem o território. A rigor, as práticas de mapeamento colaborativo da comunidade OpenStreetMaps costumam convocar pessoas para produzirem mapas através de mapathons (maratonas de mapas), uma prática derivada das hackathons (maratonas hackers para desenvolvimento de software) onde via de regra ocorre uma competição entre equipes na qual os melhores hackers são reconhecidos por seus feitos tecnológicos. Mesmo sendo as contribuições realizadas aos mapas OpenStreetMaps majoritariamente voluntárias, maratonas antes de mais nada são competições. Dado esse contexto, como você convoca pessoas numa favela para ajudar alguém através de uma competição? É possível? É possível. É estranho? Parece que sim. Por exemplo, quando alguém está precisando de ajuda para levantar uma laje na favela, a gente faz uma feijoada ou a gente faz uma maratona? Quando alguém está precisando de um remédio, a gente pede uma doação, faz uma rifa ou faz uma competição? | Nós não descartamos a colaboração cidadã (que segue o viés da ciência cidadã e do conceito de cidadania) dos mapeadores da comunidade OpenStreetMaps. Nós simplesmente cruzamos esse tipo de colaboração com as ações comunitárias e solidárias do Preventório. Exemplo desse cruzamento entre o comunitário e o cidadão foi o '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' que realizamos juntando mapeadores da comunidade OpenStreetMaps e pessoas que vivem o território. A rigor, as práticas de mapeamento colaborativo da comunidade OpenStreetMaps costumam convocar pessoas para produzirem mapas através de mapathons (maratonas de mapas), uma prática derivada das hackathons (maratonas hackers para desenvolvimento de software) onde via de regra ocorre uma competição entre equipes na qual os melhores hackers são reconhecidos por seus feitos tecnológicos. Mesmo sendo as contribuições realizadas aos mapas OpenStreetMaps majoritariamente voluntárias, maratonas antes de mais nada são competições. Dado esse contexto, como você convoca pessoas numa favela para ajudar alguém através de uma competição? É possível? É possível. É estranho? Parece que sim. Por exemplo, quando alguém está precisando de ajuda para levantar uma laje na favela, a gente faz uma feijoada ou a gente faz uma maratona? Quando alguém está precisando de um remédio, a gente pede uma doação, faz uma rifa ou faz uma competição? | ||
Pensando nessas questões, a gente converteu a proposta da mapathon em um convite às comunidades tanto de mapeadores quanto de moradores para um Mutirão de Mapas (talvez esse tenha sido o primeiro mutirão de mapas do OpenStreetMaps). Fizemos um convite. Um convite transgressor que cruzou conceitos e contextos diferentes: o mutirão, a cidadania, o virtual e o presencial. Será que a colaboração independemente de ser comunitária ou cidadã começa com um convite? Será que os convites transgressores são mais potentes? Será que eles produzem conhecimentos mais potentes e mais diversos? Amplie a imagem Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários. e veja como um vazio “cidadão” virtual se converteu em pontos luminosos de cidadania comunitária. | Pensando nessas questões, a gente converteu a proposta da mapathon em um convite às comunidades tanto de mapeadores quanto de moradores para um Mutirão de Mapas (talvez esse tenha sido o primeiro mutirão de mapas do OpenStreetMaps). Fizemos um convite. Um convite transgressor que cruzou conceitos e contextos diferentes: o mutirão, a cidadania, o virtual e o presencial. Será que a colaboração independemente de ser comunitária ou cidadã começa com um convite? Será que os convites transgressores são mais potentes? Será que eles produzem conhecimentos mais potentes e mais diversos? Amplie a imagem Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários. e veja como um vazio “cidadão” virtual se converteu em pontos luminosos de cidadania comunitária. | ||
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