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Isso não quer dizer que haja alguma contradição insuperável entre as formas de co-laborar dos métodos de mapeamento comunitário e colaborativo. Muito pelo contrário, o trabalhar em conjunto do método comunitário (a “colaboração” comunitária) que inventamos no Preventório utiliza muitas ferramentas produzidas pelos cientistas cidadãos. Contudo, nós conseguimos transgredir algumas assimetrias e opressões embutidas nessas ferramentas em favor de uma produção de conhecimentos que faça sentido para o território, que tenha a cara, o jeito e a voz de quem vive o território. As imagens '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' e '''Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários''' são evidências desse exercício prazeroso de transgredir. | Isso não quer dizer que haja alguma contradição insuperável entre as formas de co-laborar dos métodos de mapeamento comunitário e colaborativo. Muito pelo contrário, o trabalhar em conjunto do método comunitário (a “colaboração” comunitária) que inventamos no Preventório utiliza muitas ferramentas produzidas pelos cientistas cidadãos. Contudo, nós conseguimos transgredir algumas assimetrias e opressões embutidas nessas ferramentas em favor de uma produção de conhecimentos que faça sentido para o território, que tenha a cara, o jeito e a voz de quem vive o território. As imagens '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' e '''Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários''' são evidências desse exercício prazeroso de transgredir. | ||
[[Arquivo:Mutirão Cidadão Urbelatam.png|borda|esquerda|miniaturadaimagem|'''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''': Arte | [[Arquivo:Mutirão Cidadão Urbelatam.png|borda|esquerda|miniaturadaimagem|'''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''': Arte do convite para o mutirão-oficina de mapeamento realizado pelo projeto Urbelatam de forma hídrida em maio de 2020 no Morro do Preventório (Niterói-RJ).]] | ||
Nós não descartamos a colaboração cidadã (que segue o viés da ciência cidadã e do conceito de cidadania) dos mapeadores da comunidade ''OpenStreetMaps''. Nós simplesmente cruzamos esse tipo de colaboração com as ações comunitárias e solidárias do Preventório. Exemplo desse cruzamento entre o comunitário e o cidadão foi o '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' que realizamos juntando mapeadores da comunidade ''OpenStreetMaps'' e pessoas que vivem o território. A rigor, as práticas de mapeamento colaborativo da comunidade ''OpenStreetMaps'' costumam convocar pessoas para produzirem mapas através de ''mapathons'' (maratonas de mapas), uma prática derivada das ''hackathons'' (maratonas hackers para desenvolvimento de software) onde via de regra ocorre uma competição entre equipes na qual os melhores hackers são reconhecidos por seus feitos tecnológicos. Mesmo sendo as contribuições realizadas aos mapas ''OpenStreetMaps'' majoritariamente voluntárias, maratonas antes de mais nada são competições. Dado esse contexto, como você convoca pessoas numa favela para ajudar alguém através de uma competição? É possível? É possível. É estranho? Parece que sim. Por exemplo, quando alguém está precisando de ajuda para levantar uma laje na favela, a gente faz uma feijoada ou a gente faz uma maratona? Quando alguém está precisando de um remédio, a gente pede uma doação, faz uma rifa ou faz uma competição? | Nós não descartamos a colaboração cidadã (que segue o viés da ciência cidadã e do conceito de cidadania) dos mapeadores da comunidade ''OpenStreetMaps''. Nós simplesmente cruzamos esse tipo de colaboração com as ações comunitárias e solidárias do Preventório. Exemplo desse cruzamento entre o comunitário e o cidadão foi o '''Mutirão Cidadão de Mapas Virtual Virtuoso''' que realizamos juntando mapeadores da comunidade ''OpenStreetMaps'' e pessoas que vivem o território. A rigor, as práticas de mapeamento colaborativo da comunidade ''OpenStreetMaps'' costumam convocar pessoas para produzirem mapas através de ''mapathons'' (maratonas de mapas), uma prática derivada das ''hackathons'' (maratonas hackers para desenvolvimento de software) onde via de regra ocorre uma competição entre equipes na qual os melhores hackers são reconhecidos por seus feitos tecnológicos. Mesmo sendo as contribuições realizadas aos mapas ''OpenStreetMaps'' majoritariamente voluntárias, maratonas antes de mais nada são competições. Dado esse contexto, como você convoca pessoas numa favela para ajudar alguém através de uma competição? É possível? É possível. É estranho? Parece que sim. Por exemplo, quando alguém está precisando de ajuda para levantar uma laje na favela, a gente faz uma feijoada ou a gente faz uma maratona? Quando alguém está precisando de um remédio, a gente pede uma doação, faz uma rifa ou faz uma competição? | ||
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