Abdias do Nascimento: mudanças entre as edições

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  Verbete produzido pela equipe do Dicionário de Favelas Marielle Franco a partir das redes oficiais.
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[[Arquivo:Ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor, político e ativista brasileiro.png|centro|miniaturadaimagem|614x614px|Abdias do Nascimento]]
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'''Abdias do Nascimento''' (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 23 de maio de 2011). Foi um ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras.
'''Abdias do Nascimento''' (Franca, 14 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 23 de maio de 2011).  
 
Economista, teatrólogo, artista plástico, pesquisador, deputado, senador e acima de tudo militante político. Em 97 anos de vida, Abdias tornou-se referência internacional na luta contra o racismo e a discriminação e bateu-se de forma intransigente para que a legislação brasileira possibilitasse a integração dos afrodescendentes sem preconceito de espécie alguma.


== Sobre ==
== Sobre ==
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Foi professor emérito na Universidade Estadual de Nova Iorque em Buffalo, campus de Buffalo, onde, durante seu exílio do regime militar, ele foi professor titular por dez anos. Nascimento atuou como professor visitante na Escola de Artes Dramáticas da Universidade Yale. Convidado pelo Fórum das Humanidades da Universidade Wesleyan, também nos Estados Unidos, ele participou na condição de professor visitante, com alguns dos mais destacados intelectuais da época, do Seminário "A Humanidade em Revolta". Foi professor convidado do Departamento de Línguas e Literaturas Africanas da Universidade de Ifé, em Ifé, Nigéria. Voltando do exílio, foi deputado federal e senador da República, além de secretário do governo do Estado do Rio de Janeiro.
Foi professor emérito na Universidade Estadual de Nova Iorque em Buffalo, campus de Buffalo, onde, durante seu exílio do regime militar, ele foi professor titular por dez anos. Nascimento atuou como professor visitante na Escola de Artes Dramáticas da Universidade Yale. Convidado pelo Fórum das Humanidades da Universidade Wesleyan, também nos Estados Unidos, ele participou na condição de professor visitante, com alguns dos mais destacados intelectuais da época, do Seminário "A Humanidade em Revolta". Foi professor convidado do Departamento de Línguas e Literaturas Africanas da Universidade de Ifé, em Ifé, Nigéria. Voltando do exílio, foi deputado federal e senador da República, além de secretário do governo do Estado do Rio de Janeiro.
Abdias Nascimento faleceu em 24 de maio de 2011, aos 97 anos, vítima de uma pneumonia que se complicou e agravou problemas cardíacos. A herança de sua trajetória e ensinamentos se encontra presente na luta de cada um dos afrodescendentes, contra o racismo e a discriminação.


== Biografia ==
== Biografia ==
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Dentro da AIB, trabalhava no gabinete de Plínio Salgado. Participava dos círculos de estudantes integralistas. Segundo Gerardo Melo Mourão, "Abdias se dedicou exclusivamente ao problema da raça negra, da redenção dos negros brasileiros, dizia que era a missão dele e era realmente uma coisa tão importante".
Dentro da AIB, trabalhava no gabinete de Plínio Salgado. Participava dos círculos de estudantes integralistas. Segundo Gerardo Melo Mourão, "Abdias se dedicou exclusivamente ao problema da raça negra, da redenção dos negros brasileiros, dizia que era a missão dele e era realmente uma coisa tão importante".
[[Arquivo:Abdias do Nascimento na peça “Otelo”, 1946. Arquivo Nacional..png|esquerda|miniaturadaimagem|Abdias do Nascimento na peça “Otelo”, 1946. Arquivo Nacional.]]
[[Arquivo:Abdias do Nascimento na peça “Otelo”, 1946. Arquivo Nacional..png|esquerda|miniaturadaimagem|Abdias do Nascimento na peça “Otelo”, 1946. Arquivo Nacional.]]
Anos mais tarde, no pós guerra e em um contexto de disputas políticas na UNE, seu passado integralista foi usado como pretexto para deslegitimar sua atuação política. Em publicação de 1976, disse: "''não tinha nada a declarar naquela espécie de autocrítica sob coação. Nada havia no meu passado para lamentar ou arrepender. (...) Passei por aquilo e larguei para trás. Mudei. (...) Sofri o racismo no meio integralista e denunciei o fascismo. Não iria agora me submeter a uma nova manobra de cunho nazi-fascista. Então eles (os donos da UNE) expulsaram a mim, ao Aguinaldo Camargo e ao Rodrigues Alves sob a acusação de que éramos racistas!''"
Anos mais tarde, no pós guerra e em um contexto de disputas políticas na UNE, seu passado integralista foi usado como pretexto para deslegitimar sua atuação política. Em publicação de 1976, disse: <blockquote>"''não tinha nada a declarar naquela espécie de autocrítica sob coação. Nada havia no meu passado para lamentar ou arrepender. (...) Passei por aquilo e larguei para trás. Mudei. (...) Sofri o racismo no meio integralista e denunciei o fascismo. Não iria agora me submeter a uma nova manobra de cunho nazi-fascista. Então eles (os donos da UNE) expulsaram a mim, ao Aguinaldo Camargo e ao Rodrigues Alves sob a acusação de que éramos racistas!''"</blockquote>Após o Estado Novo, a imprensa oficial do partido integralista que sucedeu a AIB, o Partido de Representação Popular, deu ampla divulgação às atividades de Abdias. Ele chegou mesmo a dar entrevistas para o jornal oficial do integralismo, ''A Marcha'', na década de 1950, e foi através da editora GRD, do diretor de ''A Marcha'', o integralista Gumercindo Rocha Dorea, que lançou seus primeiros livros na década de 1960. Segundo Gabriel Soares Predebon, isso demonstra uma continuidade das relações de Abdias com o movimento integralista. Um de seus principais aliados no TEN, Ironides Rodrigues, foi o responsável pela coluna de cinema de ''A Marcha'' entre 1954 e 1962.
 
Após o Estado Novo, a imprensa oficial do partido integralista que sucedeu a AIB, o Partido de Representação Popular, deu ampla divulgação às atividades de Abdias. Ele chegou mesmo a dar entrevistas para o jornal oficial do integralismo, ''A Marcha'', na década de 1950, e foi através da editora GRD, do diretor de ''A Marcha'', o integralista Gumercindo Rocha Dorea, que lançou seus primeiros livros na década de 1960. Segundo Gabriel Soares Predebon, isso demonstra uma continuidade das relações de Abdias com o movimento integralista. Um de seus principais aliados no TEN, Ironides Rodrigues, foi o responsável pela coluna de cinema de ''A Marcha'' entre 1954 e 1962.


=== Regime militar ===
=== Regime militar ===
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Foi casado com Maria de Lourdes Vale Nascimento, assistente social, ativista e jornalista. Casou uma segunda vez com a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e sua última esposa foi a norte-americana Elizabeth (Elisa) Larkin, com quem teve um filho.
Foi casado com Maria de Lourdes Vale Nascimento, assistente social, ativista e jornalista. Casou uma segunda vez com a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e sua última esposa foi a norte-americana Elizabeth (Elisa) Larkin, com quem teve um filho.


== Morte ==
== Atuação Parlamentar ==
Abdias morreu em 23 de maio de 2011, aos 97 anos, devido a uma insuficiência cardíaca. Ele estava internado desde abril no Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro por causa de uma pneumonia, que agravou problemas cardíacos e renais crônicos e não resistiu às complicações da doença.
Como deputado federal, Abdias Nascimento participou dos simpósios regionais e internacionais das Nações Unidas em apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua Independência (San José, Costa Rica, 1983; Nova York (1984) e foi um dos principais atores no processo de criação da Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura, bem como na instituição do 20 de novembro, aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, como Dia Nacional da Consciência Negra. Essa data tornou-se feriado oficial em diversos municípios e Estados do Brasil e hoje é reconhecida e comemorada em escolas e centros culturais em todo o País. Integrante da Comissão das Relações Exteriores, ele propôs e articulou medidas contra o Apartheid, advogando o rompimento de relações com o regime sul-africano.
 
Em 1991, Abdias Nascimento se tornou o primeiro senador afrodescendente a dedicar o seu mandato à promoção dos direitos civis e humanos do povo negro do Brasil. O então governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, criou a Secretaria de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do governo daquele Estado e o nomeou titular. A secretaria existiu até 1994, sendo extinta pelo sucessor de Brizola.
 
Terminado o seu mandato no Senado Federal, em 1999, Abdias assumiu como primeiro titular da nova Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 1995, foi eleito Patrono do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas, realizado no Parlamento Latino-Americano em São Paulo, na ocasião do 3o Centenário da Imortalidade de Zumbi dos Palmares.
 
Ele participou ainda da Iniciativa Comparativa sobre Relações Humanas no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos, organizada pela Fundação Sulista de Educação de Atlanta, EUA. O projeto desempenhou papel importante na construção de intercâmbios para a participação desses países na 3a Conferência Mundial contra o Racismo realizada pela ONU em Durban, África do Sul, em 2001.
 
== Homenagens no Brasil e no exterior ==
No ano de 2001, o Centro Schomburg de Pesquisa das Culturas Negras, do sistema de Bibliotecas Públicas do Município de Nova Iorque em Harlem, homenageou Abdias Nascimento com o Prémio da Herança Africana Mundial. Realizado na sede da ONU no 75o aniversário do Centro Schomburg, o prêmio foi criado para reconhecer, naquela ocasião, seis personalidades destacadas do mundo africano, incluindo também Katherine Dunham, Dorothy Height, Amadou Mahtar M’Bow, Billy Taylor e Gordon Parks.
 
Abdias Nascimento também recebeu o prêmio UNESCO na categoria “Direitos Humanos e Cultura” (2001), bem como o Prêmio Comemorativo da ONU por Serviços Relevantes em Direitos Humanos (2003).
 
Bicentenário da Revolução do Haiti, o ano 2004 foi definido pela comunidade internacional como Ano Internacional de Celebração da Luta contra a Escravidão e de sua Abolição. Nessa ocasião, a UNESCO criou um prêmio para reconhecer dois intelectuais ativistas que dedicaram as suas vidas a essa luta e à luta contra o racismo e a discriminação racial.  As duas personalidades homenageadas com esse prêmio em dezembro de 2004, na sede da UNESCO em Paris, foram Abdias Nascimento e Aimé Cesaire.
 
O ano de 2004, por ocasião dos seus 90 anos, o Ipeafro realizou uma exposição retrospectiva e um colóquio internacional sobre a vida e obra de Abdias Nascimento no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro. A exposição circulou em Brasília e em Salvador, Bahia, onde foi realizada como parte da 2a Conferência Mundial de Intelectuais Africanos e da Diáspora (2006), iniciativa da União Africana e do Governo Brasileiro. Nessa ocasião, Abdias Nascimento recebeu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mais alta honraria outorgada pelo Governo do Brasil, a Ordem do Rio Branco no Grau de Comendador.
 
A Câmara dos Vereadores do Município de Salvador outorgou-lhe a cidadania soteropolitana e a Medalha Zumbi dos Palmares (2007). Ele recebeu homenagem do 4o Festival Internacional de Cinema Negro (São Paulo), bem como o Prêmio Ori da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro pelo conjunto de sua obra literária.
 
No ano de 2007, o Ministério da Cultura outorgou-lhe a Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural, e em 2009 ele recebeu do Ministério do Trabalho a Grã Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho. Ambos são as mais altas honrarias do Governo Federal do Brasil em suas respectivas áreas.
 
A Universidade Obafemi Awolowo, de Ilé-Ifé, Nigéria, outorgou-lhe, em 2007, o título de Doutor em Letras, Honoris Causa.
 
O Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação, do Governo Federal do México, outorgou a Abdias Nascimento o seu prêmio em reconhecimento à contribuição destacada à prevenção da discriminação racial na América Latina (2008).
 
== Obras ==
Abdias Nascimento é autor de dezenas de livros publicados, em inglês e em português, e além do já mencionado jornal Quilombo editou duas revistas, ''Afrodiáspora'' (1983-87) e ''Thoth'' (1997-99). Sua peça teatral ''Sortilégio (Mistério Negro)'' (1959) constitui um marco nas obras de arte que tratam os temas das relações raciais e da identidade e cultura afro-brasileiras. Após sete anos de censura policial, estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1957 e foi produzido em inglês, nos Estados Unidos, em duas ocasiões (Universidade do Estado de Nova Iorque, 1971; Inner City Cultural Center, Los Angeles, 1975). Sua antologia ''Dramas para Negros e Prólogo para Brancos'' (1961) é a primeira coleção de obras teatrais sobre o mesmo tema e seu livro de poesia ''Axés do Sangue e da Esperança: Orikis'' (1983) constitui um marco na literatura afro-brasileira. Em anexo segue uma lista de suas obras publicadas.
 
Depois de seu retorno ao Brasil em 1981, continuou a exibir suas obras artísticas no Brasil e no exterior (ver lista de exposições).
 
'''ABDIAS NASCIMENTO'''
 
=== Exposições realizadas ===
 
==== Individuais ====
 
# The Harlem Art Gallery, Nova York, 1969
# Crypt Gallery, Columbia University, Nova York, 1969
# Yale University School of Art and Architecture, New Haven, 1969
# Malcolm X House, Wesleyan University, Middletown, CN, 1969
# Gallery of African Art, Washington DC, 1970
# Gallery Without Walls, Buffalo, NY, 1970
# Centro de Estudos e Pesquisas Porto-riquenhos, Universidade do Estado de Nova York, Buffalo, 1970
# Museu da Associação Nacional de Artistas Afro-Americanos, Boston, 1971
# Departamento de Estudos Afro-Americanos, Harvard, Cambridge, MA, 1972
# Studio Museum in Harlem, Nova York, 1973
# Langston Hughes Center, Buffalo, NY, 1973
# Fine Arts Museum, Syracuse, NY, 1974
# Galeria da Universidade Howard, Washington DC, 1975
# Inner City Cultural Center, Los Angeles, 1975
# Ile-Ife Museum of Afro-American Culture, Philadelphia, 1975
# Galeria do Banco Nacional, São Paulo, Brasil, 1975
# Galeria Morada, Rio de Janeiro, Brasil, 1975
# Museu de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Center for Positive Thought, Buffalo, NY, 1977
# El Taller Boricua e Caribbean Cultural Center, Nova York, 1980
# Galeria Sérgio Milliet-IPEAFRO, Fundação Nacional das Artes – FUNARTE, Ministério da Cultura, Rio de Janeiro, Brasil, 1982
# Palácio da Cultura (Prédio Gustavo Capanema), Ministério da Cultura, IPEAFRO, Rio de Janeiro, Brasil, 1988
# Salão Negro, Congresso Nacional, Brasília, DF, 1997
# Galeria Debret, Paris, 1998
# José Bonifácio Cultural Center-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2002
# Solar Grandjean de Montigny, PUC-Rio-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2004
# Arquivo Nacional (antiga Casa da Moeda)-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2004-2005
# Galeria Athos Bulcão, anexo ao Teatro Nacional, IPEAFRO, Brasília, DF, 2006
# Caixa Cultural Salvador/ II Conferência Mundial dos Intelectuais Africanos e da Diáspora, IPEAFRO, 11 de julho a 29 de agosto de 2006
# V Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE)-IPEAFRO, Rio de Janeiro, janeiro de 2007
# Centro Cultural Justiça Federal-IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2011
# SESC São João de Meriti-IPEAFRO, RJ, 2011
# Biblioteca Leonel de Moura Brizola, IPEAFRO, Duque de Caxias, RJ, 2011
# Casa de Cultura de Maricá, IPEAFRO, RJ, 2011-2012
# Kongi’s Harvest Gallery Museum, Freedom Park| Black Heritage Festival-IPEAFRO, Lagos, Nigéria, 2013
# Museu Godwin-Ternbach-IPEAFRO, Universidade da Cidade de Nova York, 2014
# Ocupação Abdias Nascimento, Itaú Cultural-IPEAFRO, São Paulo, 2016-2017
# 10º Congresso de Pesquisadores Negros (X COPENE-IPEAFRO), Uberlândia, MG, 2018
# Centro de Artes da Maré, Favela Nova Holanda, IPEAFRO, Rio de Janeiro, 2019
# Museu de Arte Contemporânea (MAC)-IPEAFRO, Abdias Nascimento: um espírito libertador,  Niterói, RJ, 2019
# Inhotim-IPEAFRO, Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra, em quatro atos. Inaugurado o primeiro ato em 4 de dezembro de 2021
# Museu de Arte de São Paulo (MASP), Abdias Nascimento: um artista panamefricano, 2022
# Festival Sonsbeek, Stedelijk Museum of Contemporary Art, programada oficialmente para a temporada Verão 2022
 
==== Coletivas ====
 
# Museu Everson de Artes, Syracuse, NY, 1972
# Galeria Salomé, Nova Orleans, LA, 1973
# Rainbow Sign Gallery, Berkeley, CA, 1975
# Artists ’79, sede das Nações Unidas, Nova York, 1979
# O Rio do Samba, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, 2018-2019
# Histórias Afro-Atlânticas, Museu de Arte de São Paulo (MASP)/ Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2018
# In the Fullness of Time: Painting in Buffalo, 1832-1972, Burchfield Penney Arts Center, Buffalo, NY, EUA, 8/11/2019 a 31/05/2020
# Escrito no Corpo, Galeria Fortes D’Aloia e Gabriel, Espaço Carpintaria, Rio de Janeiro, 2020
# Afro-Atlantic Histories. Turnée nos EUA de Histórias Afro-Atlânticas, 2021-2024: Museu de Belas Artes Houston (MFAH); National Gallery (Washington, DC); Los Angeles County Museum of Art; Dallas Museum of Art
# Engraved into the Body, Galeria Fortes D’Aloia e Gabriel / Galeria Tanya Bonakdar, Nova York, 2021
# This Must Be the Place: Latin American Artists in New York, 1965–1975. Americas Society, Nova York, 2021-2022
 
==== Coleções Permanentes ====
 
# Museu de Artes e Antiguidades Africanas e Afro-Americanas, Centro pelo Pensamento Positivo, Buffalo, NY (duas telas). Quando essa instituição fechou, a direção encaminhou as obras para o Instituto Molefi K. Asante, Filadélfia, EUA
# Instituto de Estudos Latino-Americanos, Universidade Columbia, Nova York, EUA
# Museu de Arte de São Paulo (MASP)
# Pinacoteca de São Paulo
 
'''ABDIAS NASCIMENTO'''
 
==== Obras publicadas selecionadas ====
'''Livros'''
 
''Abdias Nascimento, um espírito libertador''. Catálogo de exposição de pinturas. Museu de Arte Contemporânea de Niterói / IPEAFRO, 2020.
 
''O Quilombismo. Documentos de uma Militância Pan-Africanista'', 3a. ed. Com textos de Kabengele Munanga, Elisa Larkin Nascimento e Valdecir Nascimento. São Paulo: Editora Perspectiva / IPEAFRO, 2019.
 
''O Genocídio do Negro Brasileiro'', 3a. ed. Com textos de Wole Soyinka, Florestan Fernandes, Elisa Larkin Nascimento. São Paulo: Editora Perspectiva / IPEAFRO, 2016.
 
''Ocupação Abdias Nascimento''. Catálogo de exposição no Itaú Cultural. São Paulo: Itaú Cultural / IPEAFRO, 2016.
 
O ''Griot e as Muralhas'', com Éle Semog. Rio de Janeiro: Pallas, 2006.
 
''Abdias Nascimento 90 Anos, Memória Viva''. Catálogo de exposição, Caixa Cultural Salvador. Textos em português, francês e inglês. Rio de Janeiro: IPEAFRO, 2006.
 
''Quilombo: Edição em fac-símile do jornal dirigido por Abdias do Nascimento.'' São Paulo: Editora 34, 2003.
 
''O quilombismo'', 2a ed. Brasília/ Rio de Janeiro: Fundação Cultural Palmares/ OR Produtor Editor, 2002 (362 pags).
 
O ''Brasil na Mira do Pan-Africanismo.'' Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais/ Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002 (342 pags).
 
''Orixás: os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil''.  Rio de Janeiro/ Philadelphia: Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros/Temple University Press, 1995.
 
''A Luta Afro-Brasileira no Senado''. Brasília: Senado Federal, 1991 (35 pags).
 
''Nova Etapa de uma Antiga Luta''. Rio de Janeiro: Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Negras – SEDEPRON, 1991 (32 pags).
 
''Africans in Brazil: a Pan-African Perspective'', com Elisa Larkin Nascimento. Trenton: Africa World Press, 1991 (218 pags).
 
''Brazil: Mixture or Massacre'', trad. Elisa Larkin Nascimento.  Dover: The Majority Press, 1989 (224 pags).
 
''Combate ao Racismo'', 6 vols. Brasília: Câmara dos Deputados, 1983-86. (Discursos e projetos de lei.) (Aproximadamente120 pags em cada volume.)
 
''Povo Negro: A Sucessão e a “Nova República”''. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985 (68 pags).
 
''Jornada Negro-Libertária''. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984 (29 pags).
 
''A Abolição em Questão'', co-autoria com José Genoíno e Ari Kffuri. Sessão Comemorativa do 96o Aniversário da Lei Áurea (9 de maio de 1984). Brasília: Câmara dos Deputados, 1984 (40 pags).
 
''Axés do Sangue e da Esperança: Orikis''. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983. (Poesia, 109 pags.)
 
''Sitiado em Lagos''. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (111 pags).
 
''O Quilombismo''.  Petrópolis: Vozes, 1980 (281 págs).
 
''Sortilégio II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo''.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Peça de teatro, 141 pags.)
 
''Sortilege: Black Mystery'', trad. Peter Lownds. Chicago: Third World Press, 1978.
 
''Mixture or Massacre'', trad. Elisa Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979 (224 pags).
 
''O Genocídio do Negro Brasileiro''.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978 (184 pags).
 
''“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality'', trad. Elisa Larkin Nascimento, 2a ed.  Ibadan: Sketch Publishers, 1977 (178 pags).  
 
''“Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality'', trad. Elisa Larkin Nascimento, 1a ed. Ile-Ife: University of Ife, 1976 (83 pags).
 
''Sortilégio (mistério negro).''  Rio de Janeiro: Teatro Experimental do Negro, 1959. (Peça de teatro.)
 
==== Organização de antologias, revistas, e obras coletivas ====
''Thoth:Pensamento dos Povos Africanos e Afrodescendentes'', nos. 1-6. Brasília: Senado Federal, 1997-98.
 
''Afrodiaspora: Revista do Mundo Africano'', nos. 1-7.  Rio de Janeiro: IPEAFRO, 1983-86.
 
''O Negro Revoltado'', 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 (403 pags).
 
''Journal of Black Studies'', ano 11, no. 2 (dezembro de 1980) (número especial sobre o Brasil).
 
''Memórias do Exílio'', org. em colaboração com Paulo Freire e Nelson Werneck Sodré. Lisboa: Arcádia, 1976.
 
''Oitenta Anos de Abolição''.  Rio de Janeiro: Cadernos Brasileiros, 1968.
 
''Teatro Experimental do Negro: Testemunhos''.  Rio de Janeiro: GRD, 1966 (170 pags).
 
''Dramas para Negros e Prólogo para Brancos''. Rio de Janeiro: TEN, 1961 (419 pags).
 
''Relações de Raça no Brasil''.  Rio de Janeiro: Quilombo, 1950 (75 pags).
 
==== Participação em antologias e obras coletivas ====
“Quilombismo, um conceito emergente do processo histórico-cultural da população afro-brasileira”. In: Elisa Larkin Nascimento (org.), ''Afrocentricidade, Uma abordagem epistemológica inovadora'', Coleção Sankofa v. 4. São Paulo: Summus/Selo Negro, 2004.
 
“O negro e o parlamento brasileiro”, co-autoria com Elisa Larkin Nascimento. ''In'' Munanga, Kabengele, org., ''O negro na história do Brasil''. Brasília: UnB/ Fundação Cultural Palmares, 2004, pags. 105-151.
 
“Comentário ao Artigo 4o”, in ''Direitos Humanos: Conquistas e Desafios''. Brasília: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil/ Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998.
 
“Quilombismo: the African-Brazilian Road to Socialism,” ''in'' Asante, Molefi K. e Abarry, Abu S., orgs., ''African Intellectual Heritage: a Book of Sources''.  Philadelphia: Temple University Press, 1996.
 
''Sortilege: Black Mystery'', trad. Peter Lownds. ''Callaloo, A Journal of African-American and African Arts and Letters'', v. 18, n. 4 (1995). Special Issue, African Brazilian Literature. Johns Hopkins University Press.
 
''Sortilege II: Zumbi Returns'' (peça dramática) ''in Crosswinds: an Anthology of African Diaspora Drama'', ed. de William B. Branch.  Bloomington: Indiana University Press, 1991.
 
“Quilombismo: the African-Brazilian Road to Socialism,” ''in African Culture: the Rhythms of Unity'', ed. Molefi K. Asante e Kariamu W. Asante.  Trenton: Africa World Press, 1990.  (Primeira edição publicada em 1987 pela Greenwood Press.)
 
“Teatro Negro del Brasil: una Experiencia Socio-Racial'',” in Popular Theater for Social Change in Latin America, a Bilingual Anthology'', ed. by Gerardo Luzuriaga.  Los Angeles: UCLA Latin American Studies Center, 1978.
 
“African Presence in Brazilian Art,” ''Journal of African Civilizations'' 3:2 (novembro de 1981).
 
“Reflections of an Afro-Brazilian,” ''Journal of Negro History'' LXIV:3 (verão 1979).
 
“Afro-Brazilian Theater, a Conspicuous Absence,” ''Afriscope'' VII:1 (Lagos, janeiro de 1977).
 
“Afro-Brazilian Art: a Liberating Spirit,”  ''Black Art: an International Quarterly'' I:1 (outono de 1976).
 
“Open Letter to the First World Festival of Negro Arts,” ''Presence Africaine'' XXX:58 (verão de 1968).
 
“Carta Aberta ao Festival Mundial das Artes Negras,” ''Tempo Brasileiro'', ano IV, número 9/10 (abril-junho de 1966).
 
“The Negro Theater in Brazil,” ''African Forum'' II:4 (primavera de 1967).
 
“Mission of the Brazilian Negro Experimental Theater,” ''The Crisis'' 56:9 (outubro de 1949).
 
== Fontes ==
http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-e-memoria/2014/12/10/abdias-nascimento
 
https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2672:catid=28
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abdias_do_Nascimento
 


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