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Escreva seu primeiro verbete!
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Autoria: projeto Urbelatam | Autoria: projeto Urbelatam | ||
=== Verbete se faz convidando pessoas? === | |||
Lembramos da primeira vez que o Fornazin (o Marcelo, nosso amigo, professor e membro da equipe do Dicionário de Favelas Mariele Franco) explicou pra gente a proposta do Dicionário e o que seria um verbete: “verbete é uma forma da gente construir conhecimento juntos. A gente começa escrevendo uma versão e depois vai convidando mais gente para escrever, ou seja, ele fica disponível pro cara comentar, sugerir edições, colaborar mesmo. Por isso, o conhecimento fica vivo”. Essa ideia de ser ou estar vivo nos atrai muito, porque nos leva a imaginar algo que se modifica com o tempo, algo que se adapta às mudanças, algo dinâmico, algo que aprende com a vida. E isso tem tudo a ver com nosso trabalho no Morro do Preventório, pois vamos modificando nossas ações conforme os aprendizados, as restrições, as conexões e outras coisas que a vida nos traz. | Lembramos da primeira vez que o Fornazin (o Marcelo, nosso amigo, professor e membro da equipe do Dicionário de Favelas Mariele Franco) explicou pra gente a proposta do Dicionário e o que seria um verbete: “verbete é uma forma da gente construir conhecimento juntos. A gente começa escrevendo uma versão e depois vai convidando mais gente para escrever, ou seja, ele fica disponível pro cara comentar, sugerir edições, colaborar mesmo. Por isso, o conhecimento fica vivo”. Essa ideia de ser ou estar vivo nos atrai muito, porque nos leva a imaginar algo que se modifica com o tempo, algo que se adapta às mudanças, algo dinâmico, algo que aprende com a vida. E isso tem tudo a ver com nosso trabalho no Morro do Preventório, pois vamos modificando nossas ações conforme os aprendizados, as restrições, as conexões e outras coisas que a vida nos traz. | ||
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Pensando nessas questões, a gente converteu a proposta da ''mapathon'' em um convite às comunidades tanto de mapeadores quanto de moradores para um Mutirão-Oficina de Mapas (talvez esse tenha sido o primeiro mutirão de mapas do OpenStreetMaps). Fizemos um convite. Um convite transgressor que cruzou conceitos e contextos diferentes: o mutirão, a cidadania, o virtual, a presença, a colaboração, a solidariedade. Será que a colaboração independentemente de ser comunitária ou cidadã começa com um convite? Será que os convites transgressores são mais potentes? Será que eles produzem conhecimentos mais potentes e mais diversos? Amplie a imagem '''Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários''' e veja como um vazio cidadão virtual se converteu em pontos luminosos de cidadania comunitária. Leia as perguntas da legenda e colabore com este verbete matutando sobre nossas dúvidas mais sinceras do que provocativas. | Pensando nessas questões, a gente converteu a proposta da ''mapathon'' em um convite às comunidades tanto de mapeadores quanto de moradores para um Mutirão-Oficina de Mapas (talvez esse tenha sido o primeiro mutirão de mapas do OpenStreetMaps). Fizemos um convite. Um convite transgressor que cruzou conceitos e contextos diferentes: o mutirão, a cidadania, o virtual, a presença, a colaboração, a solidariedade. Será que a colaboração independentemente de ser comunitária ou cidadã começa com um convite? Será que os convites transgressores são mais potentes? Será que eles produzem conhecimentos mais potentes e mais diversos? Amplie a imagem '''Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários''' e veja como um vazio cidadão virtual se converteu em pontos luminosos de cidadania comunitária. Leia as perguntas da legenda e colabore com este verbete matutando sobre nossas dúvidas mais sinceras do que provocativas. | ||
[[Arquivo:Antes depois intervenção dos mapeadores comunitários.png|centro|commoldura|'''Morro do Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários:''' o apagão cidadão virtual transgredido na luminosidade da cidadania comunitária. A colaboração cidadã virtual pode produzir apagamentos? Não mapear é uma escolha política?]] | [[Arquivo:Antes depois intervenção dos mapeadores comunitários.png|centro|commoldura|'''Morro do Preventório antes e depois da atuação dos mapeadores comunitários:''' o apagão cidadão virtual transgredido na luminosidade da cidadania comunitária. A colaboração cidadã virtual pode produzir apagamentos? Não mapear é uma escolha política?]] | ||
== As Quatro Dimensões == | === As Quatro Dimensões === | ||
Após quase dois anos de projeto, formalizamos uma metodologia de trabalho a partir de uma oficina. Ela foi ministrada a pedido do projeto [[Tamo Junto (projeto)|Tamo Junto]], do Dicionário de Favelas Marielle Franco, em 2021. A metodologia conta com quatro dimensões a serem levadas em consideração no ato de mapear: Legitimidade; Planejamento Comunitário; Mapeamento e Ações Locais; e Tecnologias. Elas estão interligadas, de modo que, ao tratarmos de uma dimensão, é impossível não tratarmos das outras ao mesmo tempo. | Após quase dois anos de projeto, formalizamos uma metodologia de trabalho a partir de uma oficina. Ela foi ministrada a pedido do projeto [[Tamo Junto (projeto)|Tamo Junto]], do Dicionário de Favelas Marielle Franco, em 2021. A metodologia conta com quatro dimensões a serem levadas em consideração no ato de mapear: Legitimidade; Planejamento Comunitário; Mapeamento e Ações Locais; e Tecnologias. Elas estão interligadas, de modo que, ao tratarmos de uma dimensão, é impossível não tratarmos das outras ao mesmo tempo. | ||
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