Favela Vive 3 (análise crítica): mudanças entre as edições

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  Autoria: Felipe Mesquita
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[[Arquivo:Favela Vive 3 .jpg|miniaturadaimagem|Cartaz Favela Vive 3]]
A canção “Favela Vive 3” se propõe a trazer em sua letra a vivência da favela, de forma a representar a realidade dessa zona periférica e de seus moradores. O projeto é um cypher, que tem como objetivo reunir MCs, para rimas inéditas e com uma conexão mais complexa. Os rappers DK, Lord, Choice, Djonga, Menor do Chapa e Negra Li se juntam nessa música, que é um protesto, para expor as questões sociais relacionadas à favela. São abordados no rap temas como racismo, violência policial, guerra às drogas e a ausência do Estado nas comunidades. <blockquote>A violência policial é um tema bastante recorrente ao longo da música, e já aparece logo nos primeiros versos: “Mano os cana peida de subir de madrugada. Sempre marca operação com a porta da creche lotada”. O verso de DK destaca um fator em comum entre as diversas operações policiais que ocorrem.  Elas acontecem, em sua grande maioria, em dois horários específicos, no início da manhã e final da tarde, quando a porta da creche está lotada e o trânsito de moradores indo e vindo do serviço, escola ou faculdade é maior. É possível concluir, portanto, que essas operações não são pensadas para garantir a segurança da população, pelo menos não a população das comunidades. A música foi lançada em 2018, mas ainda hoje, quase cinco anos depois, ela continua atual. </blockquote>
A canção “Favela Vive 3” se propõe a trazer em sua letra a vivência da favela, de forma a representar a realidade dessa zona periférica e de seus moradores. O projeto é um cypher, que tem como objetivo reunir MCs, para rimas inéditas e com uma conexão mais complexa. Os rappers DK, Lord, Choice, Djonga, Menor do Chapa e Negra Li se juntam nessa música, que é um protesto, para expor as questões sociais relacionadas à favela. São abordados no rap temas como racismo, violência policial, guerra às drogas e a ausência do Estado nas comunidades. <blockquote>A violência policial é um tema bastante recorrente ao longo da música, e já aparece logo nos primeiros versos: “Mano os cana peida de subir de madrugada. Sempre marca operação com a porta da creche lotada”. O verso de DK destaca um fator em comum entre as diversas operações policiais que ocorrem.  Elas acontecem, em sua grande maioria, em dois horários específicos, no início da manhã e final da tarde, quando a porta da creche está lotada e o trânsito de moradores indo e vindo do serviço, escola ou faculdade é maior. É possível concluir, portanto, que essas operações não são pensadas para garantir a segurança da população, pelo menos não a população das comunidades. A música foi lançada em 2018, mas ainda hoje, quase cinco anos depois, ela continua atual. </blockquote>


== Vídeo ==
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=== Subtitulo ===
=== Subtitulo ===
“Entre o crime e o rap, click-clack. Nasce um som, morre um moleque.” Neste verso, Lord fala sobre dois sons distintos, utilizando signos diferentes. O rap, que é escrito normalmente, e o som da arma, que aparece como onomatopeia, mas, sem dificuldade, conseguimos associar ao objeto que ele queria representar. De forma mais aprofundada, ao analisar esses dois sons, para investigar o simbolismo por trás de cada um, é possível identificar que os dois são opostos. Enquanto o rap representa a esperança e onde “nasce um som”, o barulho da arma é o signo da morte e da violência. Ao parar para pensar, não é só o barulho de armas e tiros que simbolizam a violência. Outro som bastante familiar é o barulho do helicóptero sobrevoando a favela, que representa a ameaça, dá um sinal de que uma operação está acontecendo ou para acontecer. O barulho é um sinal de alerta.
“Entre o crime e o rap, click-clack. Nasce um som, morre um moleque.” Neste verso, Lord fala sobre dois sons distintos, utilizando signos diferentes. O rap, que é escrito normalmente, e o som da arma, que aparece como onomatopeia, mas, sem dificuldade, conseguimos associar ao objeto que ele queria representar. De forma mais aprofundada, ao analisar esses dois sons, para investigar o simbolismo por trás de cada um, é possível identificar que os dois são opostos. Enquanto o rap representa a esperança e onde “nasce um som”, o barulho da arma é o signo da morte e da violência. Ao parar para pensar, não é só o barulho de armas e tiros que simbolizam a violência. Outro som bastante familiar é o barulho do helicóptero sobrevoando a favela, que representa a ameaça, dá um sinal de que uma operação está acontecendo ou para acontecer. O barulho é um sinal de alerta.
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