Rede Só Cria de Educação Popular: mudanças entre as edições

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Queremos que os crias e as crias da Favela tenham o direito a uma formação crítica e de qualidade e ao acesso às Universidades. Queremos Criar um mundo novo, transformar a realidade.
Queremos que os crias e as crias da Favela tenham o direito a uma formação crítica e de qualidade e ao acesso às Universidades. Queremos Criar um mundo novo, transformar a realidade.


== O Início ==
== O início ==
O Só Cria nasce em 2019 da ideia de dois movimentos sociais que atuavam na Favela da Rocinha, o Movimenta Rocinha e as [https://brigadaspopulares.org.br/ Brigadas Populares]. Tínhamos como desejo que esse projeto fosse um movimento de organização popular, de transformação da sociedade, de possibilidades de novos futuros e horizontes para nós que somos favelados e, consequentemente, mais afetados pelo descaso do Estado. Em pesquisa realizada em 2011 pela FGV, constatou-se que a Rocinha possuía média de escolaridade de 5,1 anos, a mais baixa entre todas as regiões administrativas do Rio de Janeiro. Em estudo de 2016 do CESEC, nas favelas cariocas que contavam com UPPs(Unidades de Polícia Pacificadora), entre as quais se inclui a Rocinha, apenas 2,3% da população com mais de 16 anos possuía ensino superior, enquanto 26,9% possuía ensino médio completo ou superior incompleto, em comparação com 33% de toda a população do município. Na época, esses dados nos apontaram uma demanda importante de construir instrumentos comunitários que contribuam para a situação da Educação na comunidade, em especial para o acesso dos nossos estudantes ao ensino superior, que se tornou possível graças a parceria com o CIEP – AYRTON SENNA, que cedeu seu espaço para nossa primeira turma e ao apoio do seu Grêmio Estudantil. Entre os anos de 2020 e 2021, apesar dos desafios impostos pela pandemia do Coronavírus, o Só Cria cresceu e se tornou uma rede de Educação Popular e atualmente possui espaços próprios com sede na Rocinha, São Cristóvão e na Pavuna.
O Só Cria nasce em 2019 da ideia de dois movimentos sociais que atuavam na Favela da Rocinha, o Movimenta Rocinha e as [https://brigadaspopulares.org.br/ Brigadas Populares]. Tínhamos como desejo que esse projeto fosse um movimento de organização popular, de transformação da sociedade, de possibilidades de novos futuros e horizontes para nós que somos favelados e, consequentemente, mais afetados pelo descaso do Estado. Em pesquisa realizada em 2011 pela FGV, constatou-se que a Rocinha possuía média de escolaridade de 5,1 anos, a mais baixa entre todas as regiões administrativas do Rio de Janeiro. Em estudo de 2016 do CESEC, nas favelas cariocas que contavam com UPPs(Unidades de Polícia Pacificadora), entre as quais se inclui a Rocinha, apenas 2,3% da população com mais de 16 anos possuía ensino superior, enquanto 26,9% possuía ensino médio completo ou superior incompleto, em comparação com 33% de toda a população do município. Na época, esses dados nos apontaram uma demanda importante de construir instrumentos comunitários que contribuam para a situação da Educação na comunidade, em especial para o acesso dos nossos estudantes ao ensino superior, que se tornou possível graças a parceria com o CIEP – AYRTON SENNA, que cedeu seu espaço para nossa primeira turma e ao apoio do seu Grêmio Estudantil. Entre os anos de 2020 e 2021, apesar dos desafios impostos pela pandemia do Coronavírus, o Só Cria cresceu e se tornou uma rede de Educação Popular e atualmente possui espaços próprios com sede na Rocinha, São Cristóvão e na Pavuna.