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==Papel da Juventude de periferia== | ==Papel da Juventude de periferia== | ||
A juventude traz por si só uma riqueza. Eu me lembro até que a Hannah Arendt dizia: “A cada nascimento é um mundo novo que nasce”. Então, essa juventude está com muita expectativa. Ela precisa e tem colocado o tempo inteiro: esperançar. Na verdade, essa juventude brasileira quer ter futuro. Ela quer ter presente e futuro. Então ela está muito atuante. E a juventude da periferia é hoje fruto dessa brutalidade, desse processo do capitalismo excludente que, na verdade, com a sua violência estrutural, coloca pra fora da humanidade todas essas pessoas. Não é à toa que nós temos a violência como um dos mais importantes problemas de Saúde Pública. A desigualdade no Brasil é indecente, ela é abissal, ela é ancestral. Essa juventude sofre as consequências dessa desigualdade, sofre as consequências da falta de direitos. Hoje em dia, a juventude preta brasileira é assassinada nessa política completamente hedionda da guerra às drogas. Então nós queremos, com esse mapa, entender, mostrar que a juventude está fazendo muita coisa, que ela tem presença, que ela está organizando muitas coisas, como é o caso das periferias. Nós temos um movimento de periferias livres, nós temos movimentos como foi a associação do MST com a Cozinha Solidária. Jovens do Movimento Sem Terra, como o MST. Nós temos uma juventude que está querendo ter moradia, que está querendo ter qualidade de vida, dignidade e ela vai aparecer. E esse mapa vai ser uma oportunidade para que cada um conheça o que o outro está fazendo e nesse conhecimento poderem se articular, criar oficinas, criarem. Aí a criatividade é infinita. O céu é o limite. | A juventude traz por si só uma riqueza. Eu me lembro até que a Hannah Arendt dizia: “A cada nascimento é um mundo novo que nasce”. Então, essa juventude está com muita expectativa. Ela precisa e tem colocado o tempo inteiro: esperançar. Na verdade, essa juventude brasileira quer ter futuro. Ela quer ter presente e futuro. Então ela está muito atuante. E a juventude da periferia é hoje fruto dessa brutalidade, desse processo do capitalismo excludente que, na verdade, com a sua violência estrutural, coloca pra fora da humanidade todas essas pessoas. Não é à toa que nós temos a violência como um dos mais importantes problemas de Saúde Pública. A desigualdade no Brasil é indecente, ela é abissal, ela é ancestral. Essa juventude sofre as consequências dessa desigualdade, sofre as consequências da falta de direitos. Hoje em dia, a juventude preta brasileira é assassinada nessa política completamente hedionda da guerra às drogas. Então nós queremos, com esse mapa, entender, mostrar que a juventude está fazendo muita coisa, que ela tem presença, que ela está organizando muitas coisas, como é o caso das periferias. Nós temos um movimento de periferias livres, nós temos movimentos como foi a associação do MST com a Cozinha Solidária. Jovens do Movimento Sem Terra, como o MST. Nós temos uma juventude que está querendo ter moradia, que está querendo ter qualidade de vida, dignidade e ela vai aparecer. E esse mapa vai ser uma oportunidade para que cada um conheça o que o outro está fazendo e nesse conhecimento poderem se articular, criar oficinas, criarem. Aí a criatividade é infinita. O céu é o limite. | ||
==Visibilidade dos Movimentos Sociais== | |||
O mapeamento só fortalecerá os movimentos sociais como sujeitos políticos desse país. É isso que nunca aconteceu. Os movimentos sociais ficaram sempre invisibilizados, silenciados. É momento de dar voz, de tirar essa grande esmagadora maioria da população desse silêncio forçado. E essas pessoas querem isso. Elas estão o tempo inteiro se colocando. Elas estão dizendo: “Eu quero participar”, “esse país é meu”, “eu não quero ser excluído desse país”, “eu quero estar dentro”. E o mapa, ele vai mostrar isso. Então ele não tem nenhum risco, porque na verdade eu acho que o nosso grande desafio hoje é exatamente como afirmar a democracia participativa do Brasil. Que é essa é a única, digamos assim, vacina. É a única proteção que nós temos contra essa sequência, essa linha histórica de golpes. Toda vez que o nosso país tenta distribuir um fio de cabelo de renda, a brutalidade daqueles que concentram a renda se manifesta. São golpes sequenciais. Foi com Getúlio, que até provocou seu suicídio. Foi com Jango, foi com Juscelino, foi com o presidente Lula. Prenderam o presidente Lula! A população percebe, se identifica, porque ela sabe o que é uma prisão arbitrária no dia a dia. Ela está entrando na sua casa, no seu território, na sua favela, na sua moradia. E ela é simplesmente o tempo inteiro achacada, o tempo inteiro afrontada. Quer dizer, a população já está sob risco. Hoje a população brasileira está sob risco. É o momento de a gente virar essa chave e dizer: “o povo brasileiro voltou”. O povo brasileiro quer participar e ser construtor da democracia participativa do país. | |||
[[Arquivo:Lucia Souto.jpg|alt=Lucia Souto|nenhum|miniaturadaimagem|600x600px|Lucia Souto]] | [[Arquivo:Lucia Souto.jpg|alt=Lucia Souto|nenhum|miniaturadaimagem|600x600px|Lucia Souto]] |