Bahia: Guerra às drogas garante privilégios da branquitude: mudanças entre as edições

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A Bahia, estado que possui mais pessoas negras fora do continente africano, tem tido no projeto de segurança pública a política de “guerra às drogas” como estratégia de manutenção dos privilégios da branquitude. A maioria da população negra teve sua imagem, fenótipo e cor/raça associados aos estereótipos de “suspeito”, “perigoso”, “bandido”, por meio desse processo de desumanização. Portanto, passível de ser morta, contida, presa e torturada pelo Estado. O que garante a manutenção do poder a uma minoria branca, detentora de maiores rendas, empregos e qualidade de vida. Já as pessoas negras estão representadas nas estatísticas de morte, prisões e seguem sendo as maiores vítimas da violência.
  Esse verbete faz parte do relatório "[[Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude (relatório)|Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude]]", produzido pela [[Rede de Observatórios da Segurança|Rede de Observatórios da Segurança.]]
  Esse verbete faz parte do relatório "[[Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude (relatório)|Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude]]", produzido pela [[Rede de Observatórios da Segurança|Rede de Observatórios da Segurança.]]
A Bahia, estado que possui mais pessoas negras fora do continente africano, tem tido no projeto de segurança pública a política de “guerra às drogas” como estratégia de manutenção dos privilégios da branquitude. A maioria da população negra teve sua imagem, fenótipo e cor/raça associados aos estereótipos de “suspeito”, “perigoso”, “bandido”, por meio desse processo de desumanização. Portanto, passível de ser morta, contida, presa e torturada pelo Estado. O que garante a manutenção do poder a uma minoria branca, detentora de maiores rendas, empregos e qualidade de vida. Já as pessoas negras estão representadas nas estatísticas de morte, prisões e seguem sendo as maiores vítimas da violência.
== Relatório ==
== Relatório ==
Quando fazemos a análise do campo da segurança pública brasileira, é possível observar que historicamente o marcador raça foi estrategicamente invisibilizado na construção das políticas de segurança – mesmo o índice de morte da população negra sendo superior ao de pessoas brancas. É isso que se reflete nos dados que apresentamos neste relatório através do monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança. Destacamos quatro indicadores para refletir a espacialização, as dinâmicas de violência e o racismo na cidade de Salvador: policiamento; chacinas e tentativas de chacinas; violências, abusos e excessos por parte de agentes do Estado; vitimização de agentes do Estado.
Quando fazemos a análise do campo da segurança pública brasileira, é possível observar que historicamente o marcador raça foi estrategicamente invisibilizado na construção das políticas de segurança – mesmo o índice de morte da população negra sendo superior ao de pessoas brancas. É isso que se reflete nos dados que apresentamos neste relatório através do monitoramento da Rede de Observatórios da Segurança. Destacamos quatro indicadores para refletir a espacialização, as dinâmicas de violência e o racismo na cidade de Salvador: policiamento; chacinas e tentativas de chacinas; violências, abusos e excessos por parte de agentes do Estado; vitimização de agentes do Estado.
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