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<p>Entendemos que é importante ressaltar a pluralidade etnia, gênero, e geracional entre as juventudes destacado por Charlot (2007). Entretanto, concordamos com Silva, Pelissari e Steimbach (2012) que a categoria “não tem sentido se não analisada como uma construção histórica e social, permeada por todas as lutas e contradições que movem a sociedade” (SILVA; PELISSARI; STEIMBACH, 2012, p.4). Assim, quando fazemos referência ao jovens trabalhadores-estudantes, buscamos deixar em evidência a questão de classe. Para esse grupo e seus familiares, faltam moradias (ou moradias dignas com o mínimo de estrutura), saneamento básico, acesso a lazer, escolas públicas de qualidade, atendimento médico, acesso à cidade e a compreender os seus direitos. Restando apenas os “[...] problemas relacionados à proximidade com a violência urbana – personificada no tráfico de drogas –, à poluição e degradação ambiental, à ausência de políticas públicas de enfrentamento aos problemas decorrentes do crescimento urbano desordenado” (ALVARENGA; OLIVEIRA, 2014, p.6).</p> | <p>Entendemos que é importante ressaltar a pluralidade etnia, gênero, e geracional entre as juventudes destacado por Charlot (2007). Entretanto, concordamos com Silva, Pelissari e Steimbach (2012) que a categoria “não tem sentido se não analisada como uma construção histórica e social, permeada por todas as lutas e contradições que movem a sociedade” (SILVA; PELISSARI; STEIMBACH, 2012, p.4). Assim, quando fazemos referência ao jovens trabalhadores-estudantes, buscamos deixar em evidência a questão de classe. Para esse grupo e seus familiares, faltam moradias (ou moradias dignas com o mínimo de estrutura), saneamento básico, acesso a lazer, escolas públicas de qualidade, atendimento médico, acesso à cidade e a compreender os seus direitos. Restando apenas os “[...] problemas relacionados à proximidade com a violência urbana – personificada no tráfico de drogas –, à poluição e degradação ambiental, à ausência de políticas públicas de enfrentamento aos problemas decorrentes do crescimento urbano desordenado” (ALVARENGA; OLIVEIRA, 2014, p.6).</p> | ||
<p>No mundo do trabalho, enfrentam diversos obstáculos: A falta de formação necessária para atender as demandas do capital, condições de trabalho precárias e no alto índice de desemprego são alguns problemas que atingem diretamente a juventude, principalmente a da classe trabalhadora. O processo de acumulação flexível (HARVEY, 2010) trouxe novas relações de produção, trabalho e principalmente, novas dinâmicas sociais.</p> | <p>No mundo do trabalho, enfrentam diversos obstáculos: A falta de formação necessária para atender as demandas do capital, condições de trabalho precárias e no alto índice de desemprego são alguns problemas que atingem diretamente a juventude, principalmente a da classe trabalhadora. O processo de acumulação flexível (HARVEY, 2010) trouxe novas relações de produção, trabalho e principalmente, novas dinâmicas sociais.</p> | ||
<p>A condição problemática enfrentada pelo jovem na falta de experiência, na pouca qualificação profissional ou em alguns casos, os reduzidos anos de escolaridade, faz com que eles sejam as principais vítimas do desemprego ou empurrados para o subemprego. Segundo dados do IBGE (2016), aproximadamente 24,1% dos jovens trabalhadores brasileiros encontravam-se desempregados só no primeiro trimestre de 2016. A forma precária de ingresso no mundo do trabalho é o reflexo das novas demandas de produção capitalista. Baixos salários, precarização e a superexploração do trabalho tornaram-se comuns para o universo dos jovens pertencentes à classe trabalhadora.</p> | <p>A condição problemática enfrentada pelo jovem na falta de experiência, na pouca qualificação profissional ou em alguns casos, os reduzidos anos de escolaridade, faz com que eles sejam as principais vítimas do desemprego ou empurrados para o subemprego. Segundo dados do IBGE (2016), aproximadamente 24,1% dos jovens trabalhadores brasileiros encontravam-se desempregados só no primeiro trimestre de 2016. A forma precária de ingresso no mundo do [[Trabalho e ganhos de vida (debate)|trabalho]] é o reflexo das novas demandas de produção capitalista. Baixos salários, precarização e a superexploração do trabalho tornaram-se comuns para o universo dos jovens pertencentes à classe trabalhadora.</p> | ||
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