Verdejar e a Serra da Misericórdia: mudanças entre as edições

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  '''Autoria: '''[https://wikifavelas.com.br/index.php?title=Usuário:Ricardo_De_Moura Ricardo De Moura].
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== História ==
== História da Serra e a fundação Verdejar Socioambiental ==
<p style="text-align: justify;">Boa parte da história da militância da região do [[Complexo do Alemão]] passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo [[Verderjar Socioambiental]], fundada em 1997. O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra. No início dos anos 2000, foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.</p> <p style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região. Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.</p>  
<p style="text-align: justify;">Boa parte da história da militância da região do [[Complexo do Alemão]] passa pela organização em torno da defesa da Serra da Misericórdia, em particular a defesa pela criação da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), que foi feita no ano 2000, após forte mobilização realizada pelo Verderjar Socioambiental, fundada em 1997. </p><p style="text-align: justify;">O que trouxe algumas garantias ambientais para a serra. No início dos anos 2000, foi fundado o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra Misericórida (CDLSM), que congregou diversas organizações sociais da região para garantir a defesa da área e pregando a participação e controle social das políticas a serem ali desenvolvidas. </p><p style="text-align: justify;">Destaca-se, aí, a proposta de criação do Parque ambiental da Serra da Misericórdia, pelo Prefeito Cesar Maia. O CDLSM conferiu densidade ao tecido político do Complexo do Alemão nos anos 2000 e algumas organizações locais saíram fortalecidas desse engajamento.</p> <p style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo, por conter uma grande reserva de granito, a Serra é objeto constante dos interesses privados. A presença da mineradora Lafarge é um dos grandes focos de tensão política e mobilização local. Os impactos ambientais causados por sua ação se manifestam constantemente. Um dos mais emblemáticos foi o rompimento de um lençol freático que produziu um lago na região. Mais recentemente, nos esforços de urbanização de favelas que foram desencadeados por conta do PAC, a Serra voltou a ser objeto de intervenções públicas, com a criação de um bikeparque lá. Um campo de futebol histórico, o “campo da mina”, foi destruído, o projeto foi desenhado, mas não chegou a sair do papel, bem como boa parte das ações voltadas para as favelas. Que se iniciam e ficam por terminar. Um pouco desta história que se busca contar e detalhar neste verbete.</p>  


== Serra da Misericórdia, Te amo! ==
== Serra da Misericórdia, Te amo! ==
<p style="text-align: justify;">''Morar em Piabas, quando&nbsp;será!&nbsp;<br/> A&nbsp;Serra é quem clama, misericórdia!&nbsp;<br/> Por entre balas e fumaças zona norte Rio&nbsp;<br/> A Serra se lança no maior desafio&nbsp;<br/> Verdeja Já!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Já te amo Serra da&nbsp;Misericórdia!&nbsp;<br/> Te&nbsp;amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O seu verde precisa verdejar&nbsp;<br/> Esta redondeza sem paz, pálida e poluída&nbsp;<br/> Te amo Serra da&nbsp;Misericórdia!&nbsp;<br/> Te&nbsp;amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Penha, Inhaúma, Complexo do Alemão&nbsp;<br/> Olaria, Ramos, Bonsucesso, Engenho da Rainha&nbsp;<br/> Tomás Coelho, Vicente de Carvalho, Vila&nbsp;Kosmos,&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Vila da Penha e Penha Circular.&nbsp;<br/> Circundam a Serra da Misericórdia&nbsp;<br/> Te amo Serra da Misericórdia&nbsp;<br/> Te amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O seu verde precisa verdejar esta redondeza&nbsp;<br/> De paz, pálida e poluída&nbsp;<br/> Te amo Serra da Misericórdia&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">Luiz Carlos, Poeta&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">&nbsp;</p> <p style="text-align: justify;">Impossível falar da Serra da Misericórdia,&nbsp;sem falar da luta incansável do Verdejar que teve como seu maior expoente, Luiz Carlos, o Poeta, como era&nbsp;carinhosamente reconhecido.&nbsp;A ONG Verdejar desenvolve mensalmente um Mutirão Ecológico pela preservação e manutenção da última área verde da Zona Norte, a APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), localizada na Serra da Misericórdia.&nbsp;Um exemplo de atuação da organização pode ser&nbsp;vista&nbsp;em Verdejar (2007), de onde foi retirado o relato que se segue. O texto foi produzido, logo após uma sequência de dois incêndios ocorridos em uma área verde da Serra da Misericórdia e é exemplar quanto a importância e forma de atuação do Verdejar Socioambiental.&nbsp;</p> <p lang="PT-BR" style="text-align: justify;">''Em pouco menos de uma semana dois incêndios na Serra da Misericórdia no bairro do Engenho da Rainha Zona Norte do Rio de Janeiro assustam moradores e ambientalistas. De acordo com um morador, que não quis se identificar, o incêndio do dia 13 de março foi provocado por uma manifestação religiosa de origem africana comum no local. O grupo Socioambiental Verdejar que atua na Serra da Misericórdia desde 1997 chamou imediatamente os bombeiros que conseguiram conter o avanço do fogo.&nbsp;Os incêndios, segundo o coordenador de agroecologia do Verdejar&nbsp;Luiz&nbsp; Poeta, costumam acontecer principalmente pelos motivos: culto de origem africana que utilizam velas, culto de evangélicos que põe fogo na mata para abrir caminho para chegar ao monte e balões. “Infelizmente algumas pessoas ainda não têm consciência de preservação ambiental, daí o problema das queimadas”, enfatizou.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Já o coordenador executivo Edson Gomes não descarta a possibilidade de o incêndio ter sido causado por oportunistas, posto que o grupo Verdejar luta não somente pela preservação ambiental da Serra da Misericórdia, mas, também, por um desenvolvimento socioambiental sustentável e isso acaba por contrariar interesses de mineradoras e outras indústrias que exploram a região.&nbsp;Zolmir&nbsp;Figueiredo e Erik Vidal dizem que o Sistema Agroflorestal (SAF) plantado e implementado pelo Verdejar auxiliou a conter o fogo. “Na implantação do SAF são feitas capinas em aceiro no entorno do sistema justamente para protegê-lo contra as queimadas” explicaram.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misericórdia junto aos ambientalistas do Verdejar discutem a necessidade de gestão do maciço da&nbsp;Serra da Misericórdia para tentar diminuir as degradações ambientais ocorridas pelos incêndios, exploração das mineradoras e os impactos ambientais oriundos dessa exploração. “É necessário um plano de gestão urgente para coibir ações de queimadas, degradação ambiental e desmatamentos da última área verde da Zona da Leopoldina”, advertiu Luiz Carlos. &nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Em novembro de 2000 foi criado o decreto de nº 19.144 que cria a Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana – APARU da Serra da Misericórdia, área de aproximadamente 3.695 hectares. Isso é importante, pois a discussão do momento na imprensa tem sido em torno do “Piscinão do Alemão” (apelido de mau gosto dado ao grande Lago Azul) o que acaba por esconder a necessidade de abertura do debate com a sociedade civil para criação do Parque Ecológico. Mesmo após o decreto de proteção ambiental e de recuperação urbana dessas áreas a mineradora Lafarge explora brita na Serra da Misericórdia. “Há muito tempo lutamos pela desativação das pedreiras que exploram a Serra da Misericórdia. Elas poluem demasiadamente o ar das comunidades situadas no entorno da Serra causando graves problemas respiratórios, alergias onerando o setor de saúde pública, além de causar diversas rachaduras nas residências do entorno colocando a população em uma situação de risco durante as chuvas torrenciais” enfatiza Luiz Carlos.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''De acordo com o grupo Verdejar, as explorações alcançaram um lençol freático que deu origem a Lagoa Azul do Complexo do Alemão. Esta área já era usada pela população local como área de lazer, com o aparecimento do lago a pratica se intensificou, uma vez que há carência de equipamentos e áreas públicas voltados para recreação e preservação ambiental que proporcionem bem estar. O Parque Ecológico está desenhado na arquitetura das obras do PAC e que por interesses escusos ainda não foi discutido com a sociedade civil um projeto urbanístico do referido Parque da Serra da Misericórdia acompanhado da política ambiental a ser implementada.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''No próximo dia 21 de março às 10h, um dia antes do dia mundial da água, haverá um abraço simbólico ao Lago Azul para chamar a atenção do poder público quanto a necessidade de criação do Parque Ecológico na Serra da Misericórdia. Estima-se que a mobilização vai levar mais de 500 pessoas ao&nbsp;local. “Este evento é uma tentativa de abrir um canal de diálogo com as instâncias de Governo e com a Empresa de Obras Públicas (EMOP) para a criação do tão sonhado Parque Ecológico na Serra da Misericórdia. A sociedade civil não pode ficar de fora desse diálogo. É algo de uma grandeza e importância incontestável não somente para Complexo do Alemão, mas também para toda Zona Norte da Cidade” decretou Edson Gomes. &nbsp;''</p>
<p style="text-align: justify;">''Morar em Piabas, quando&nbsp;será!&nbsp;<br/> A&nbsp;Serra é quem clama, misericórdia!&nbsp;<br/> Por entre balas e fumaças zona norte Rio&nbsp;<br/> A Serra se lança no maior desafio&nbsp;<br/> Verdeja Já!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Já te amo Serra da&nbsp;Misericórdia!&nbsp;<br/> Te&nbsp;amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O seu verde precisa verdejar&nbsp;<br/> Esta redondeza sem paz, pálida e poluída&nbsp;<br/> Te amo Serra da&nbsp;Misericórdia!&nbsp;<br/> Te&nbsp;amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Penha, Inhaúma, Complexo do Alemão&nbsp;<br/> Olaria, Ramos, Bonsucesso, Engenho da Rainha&nbsp;<br/> Tomás Coelho, Vicente de Carvalho, Vila&nbsp;Kosmos,&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Vila da Penha e Penha Circular.&nbsp;<br/> Circundam a Serra da Misericórdia&nbsp;<br/> Te amo Serra da Misericórdia&nbsp;<br/> Te amo!!&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O seu verde precisa verdejar esta redondeza&nbsp;<br/> De paz, pálida e poluída&nbsp;<br/> Te amo Serra da Misericórdia&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">Luiz Carlos, Poeta&nbsp;</p>
 
== A luta do Verdejar e a importância de Luiz Carlos (o poeta) ==
<p style="text-align: justify;">Impossível falar da Serra da Misericórdia,&nbsp;sem falar da luta incansável do Verdejar que teve como seu maior expoente, Luiz Carlos, o Poeta, como era&nbsp;carinhosamente reconhecido.&nbsp;A ONG Verdejar desenvolve mensalmente um Mutirão Ecológico pela preservação e manutenção da última área verde da Zona Norte, a APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana), localizada na Serra da Misericórdia.&nbsp;Um exemplo de atuação da organização pode ser&nbsp;vista&nbsp;em Verdejar (2007), de onde foi retirado o relato que se segue. O texto foi produzido, logo após uma sequência de dois incêndios ocorridos em uma área verde da Serra da Misericórdia e é exemplar quanto a importância e forma de atuação do Verdejar Socioambiental.&nbsp;</p> <p lang="PT-BR" style="text-align: justify;">''Em pouco menos de uma semana dois incêndios na Serra da Misericórdia no bairro do Engenho da Rainha Zona Norte do Rio de Janeiro assustam moradores e ambientalistas. De acordo com um morador, que não quis se identificar, o incêndio do dia 13 de março foi provocado por uma manifestação religiosa de origem africana comum no local. O grupo Socioambiental Verdejar que atua na Serra da Misericórdia desde 1997 chamou imediatamente os bombeiros que conseguiram conter o avanço do fogo.&nbsp;Os incêndios, segundo o coordenador de agroecologia do Verdejar&nbsp;Luiz&nbsp; Poeta, costumam acontecer principalmente pelos motivos: culto de origem africana que utilizam velas, culto de evangélicos que põe fogo na mata para abrir caminho para chegar ao monte e balões. “Infelizmente algumas pessoas ainda não têm consciência de preservação ambiental, daí o problema das queimadas”, enfatizou.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Já o coordenador executivo Edson Gomes não descarta a possibilidade de o incêndio ter sido causado por oportunistas, posto que o grupo Verdejar luta não somente pela preservação ambiental da Serra da Misericórdia, mas, também, por um desenvolvimento socioambiental sustentável e isso acaba por contrariar interesses de mineradoras e outras indústrias que exploram a região.&nbsp;Zolmir&nbsp;Figueiredo e Erik Vidal dizem que o Sistema Agroflorestal (SAF) plantado e implementado pelo Verdejar auxiliou a conter o fogo. “Na implantação do SAF são feitas capinas em aceiro no entorno do sistema justamente para protegê-lo contra as queimadas” explicaram.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''O Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misericórdia junto aos ambientalistas do Verdejar discutem a necessidade de gestão do maciço da&nbsp;Serra da Misericórdia para tentar diminuir as degradações ambientais ocorridas pelos incêndios, exploração das mineradoras e os impactos ambientais oriundos dessa exploração. “É necessário um plano de gestão urgente para coibir ações de queimadas, degradação ambiental e desmatamentos da última área verde da Zona da Leopoldina”, advertiu Luiz Carlos. &nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''Em novembro de 2000 foi criado o decreto de nº 19.144 que cria a Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana – APARU da Serra da Misericórdia, área de aproximadamente 3.695 hectares. Isso é importante, pois a discussão do momento na imprensa tem sido em torno do “Piscinão do Alemão” (apelido de mau gosto dado ao grande Lago Azul) o que acaba por esconder a necessidade de abertura do debate com a sociedade civil para criação do Parque Ecológico. Mesmo após o decreto de proteção ambiental e de recuperação urbana dessas áreas a mineradora Lafarge explora brita na Serra da Misericórdia. “Há muito tempo lutamos pela desativação das pedreiras que exploram a Serra da Misericórdia. Elas poluem demasiadamente o ar das comunidades situadas no entorno da Serra causando graves problemas respiratórios, alergias onerando o setor de saúde pública, além de causar diversas rachaduras nas residências do entorno colocando a população em uma situação de risco durante as chuvas torrenciais” enfatiza Luiz Carlos.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''De acordo com o grupo Verdejar, as explorações alcançaram um lençol freático que deu origem a Lagoa Azul do Complexo do Alemão. Esta área já era usada pela população local como área de lazer, com o aparecimento do lago a pratica se intensificou, uma vez que há carência de equipamentos e áreas públicas voltados para recreação e preservação ambiental que proporcionem bem estar. O Parque Ecológico está desenhado na arquitetura das obras do PAC e que por interesses escusos ainda não foi discutido com a sociedade civil um projeto urbanístico do referido Parque da Serra da Misericórdia acompanhado da política ambiental a ser implementada.&nbsp;''</p> <p style="text-align: justify;">''No próximo dia 21 de março às 10h, um dia antes do dia mundial da água, haverá um abraço simbólico ao Lago Azul para chamar a atenção do poder público quanto a necessidade de criação do Parque Ecológico na Serra da Misericórdia. Estima-se que a mobilização vai levar mais de 500 pessoas ao&nbsp;local. “Este evento é uma tentativa de abrir um canal de diálogo com as instâncias de Governo e com a Empresa de Obras Públicas (EMOP) para a criação do tão sonhado Parque Ecológico na Serra da Misericórdia. A sociedade civil não pode ficar de fora desse diálogo. É algo de uma grandeza e importância incontestável não somente para Complexo do Alemão, mas também para toda Zona Norte da Cidade” decretou Edson Gomes. &nbsp;''</p>


== O Lago é&nbsp;Nosso&nbsp;==
== O Lago é&nbsp;Nosso&nbsp;==
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