Clássicos e contemporâneos sobre favelas Curso IESP-UERJ: mudanças entre as edições

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(Contribuição do José Cláudio)
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====== José Cláudio Alves ======
====== José Cláudio Alves ======
A formulação de uma história da Baixada Fluminense atentando para as relações de poder, sobretudo na construção do estado. No caso da Baixada, essa violência específica es concretizará a partir do final dos anos 60 até os dias de hoje, através das execuções sumárias realizadas por grupos de extermínio. A estrutura de execuções sumárias, construída a partir do final dos anos 60 na Baixada Fluminense, corresponde à base de um modelo de dominação política estabelecida pelo poder local e relacionada com os interesses "supra locais" de outros grupos políticos, Estado, sistema de justiça, setores econômicos e processos eleitorais associam-se na construção dessa forma de poder extremamente permeável ao uso da violência e àqueles que a empregam.A persistência dos elevados índices de homicídios na Baixada Fluminense, apesar das inúmeras políticas de segurança adotadas ao longo de mais de 30 anos, confirmam não a incapacidade ou ineficiência do Estado, mas sua permeabilidade aos interesses que o constituem e que encontram nesse padrão de violência uma de suas bases de sustentação.
A formulação de uma história da Baixada Fluminense atentando para as relações de poder, sobretudo na construção do estado. No caso da Baixada, essa violência específica es concretizará a partir do final dos anos 60 até os dias de hoje, através das execuções sumárias realizadas por grupos de extermínio. As execuções sumárias correspondem à base de um modelo de dominação política estabelecida pelo poder local e relacionada com os interesses "supra locais" de outros grupos políticos, Estado, sistema de justiça, setores econômicos e processos eleitorais associam-se na construção dessa forma de poder extremamente permeável ao uso da violência e àqueles que a empregam.A persistência dos elevados índices de homicídios na Baixada Fluminense, apesar das inúmeras políticas de segurança adotadas ao longo de mais de 30 anos, confirmam não a incapacidade ou ineficiência do Estado, mas sua permeabilidade aos interesses que o constituem e que encontram nesse padrão de violência uma de suas bases de sustentação.


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