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<span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:"><span style="letter-spacing:.2pt">Nesse mesmo período, com a mudança das Regiões Administrativas no governo de Saturnino Braga</span></span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">(1986-1988)<span style="letter-spacing:.2pt">, foi feita uma carta de apoio escrita e assinada por sete associações de moradores do Complexo, indicando e apoiando a candidatura de Mariza Nascimento ao posto de Administradora da XXIX Região Administrativa, que veio a se tornar administradora da região do Complexo do Alemão em abril de 1986, potencializando ainda mais sua mobilização política na região. Em 1988, foi aprovada a Constituição Federal, que afirmava a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. Este evento seria fundamental para a criação do Sistema Único de Saúde alguns anos depois.</span></span></span></span></span> | <span style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:"><span style="letter-spacing:.2pt">Nesse mesmo período, com a mudança das Regiões Administrativas no governo de Saturnino Braga</span></span></span></span><span style="font-size:12.0pt"><span style="line-height:150%"><span style="font-family:">(1986-1988)<span style="letter-spacing:.2pt">, foi feita uma carta de apoio escrita e assinada por sete associações de moradores do Complexo, indicando e apoiando a candidatura de Mariza Nascimento ao posto de Administradora da XXIX Região Administrativa, que veio a se tornar administradora da região do Complexo do Alemão em abril de 1986, potencializando ainda mais sua mobilização política na região. Em 1988, foi aprovada a Constituição Federal, que afirmava a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. Este evento seria fundamental para a criação do Sistema Único de Saúde alguns anos depois.</span></span></span></span></span> | ||
== | == A década de 1990 == | ||
A partir da II Conferência Nacional de Saúde, em 1993, os Conselhos Distritais de Saúde passaram a fazer parte da política nacional de saúde. Então, em 1994, o Conselho Distrital de Saúde da AP 3.1 substituiu o GEL, que foi extinto. Com poder deliberativo, o conselho da AP 3.1 obteve destaque não apenas por sua atuação, mas também por ter potencializado a proposta de participação e controle social no SUS, ao indicar pioneiramente um usuário para compor a diretoria. O usuário indicado foi José Carlos de Souza, liderança comunitária da favela Nova Holanda, na Maré. E seguindo o mesmo movimento, em 1996, Mariza Nascimento tornou-se vice-presidente do Conselho Distrital. | |||
No entanto, enquanto os mecanismos de participação social se fortaleciam, as melhorias no campo da saúde ainda avançavam timidamente no Complexo do Alemão e em toda a Zona da Leopoldina. A possibilidade de fechamento da SAMDU tornava-se cada vez mais real, já que com a crescente violência local passou a haver forte pressão, sobretudo dos profissionais, para que a unidade fosse remanejada para outro local ou ainda que não abrisse durante a noite devido aos tiroteios – como já ocorria com a unidade na Penha, próxima à Vila Cruzeiro. Os profissionais se queixavam ainda da falta de suporte dos hospitais de grande porte nas adjacências, como o Hospital Federal de Bonsucesso e o Hospital do Fundão (UFRJ), sobretudo pela falta de leitos para encaminhar os casos graves, cada vez mais comuns em decorrência da violência, e pela baixa assistência pré-natal e ausência de suporte de UTI neonatal na região, contribuindo para alta taxa de mortalidade infantil até 28 dias. | |||
Diante dessa situação, entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, passou a haver forte mobilização popular no Complexo do Alemão para que a oferta de serviços de saúde na região aumentasse. No mesmo período, o Conselho Distrital de saúde propôs a criação de conselhos locais nas cinco regiões administrativas que compõem a AP 3.1, enquanto moradores já estavam tentando construir um coletivo nesse sentido no Alemão. | |||
Isso porque, em meados dos anos 1990, outras organizações já começavam a serem pensadas autonomamente e de forma independente das associações de moradores no Complexo do Alemão. Entre elas, destaca-se a atuação do VERDEJAR, preocupado com as questões ambientais na Serra da Misericórdia, incluindo toda a parte ocupada do Complexo do Alemão e seus moradores. Em 1999 realiza-se o 1º Seminário Ecológico da Serra da Misericórdia organizado pelo movimento ambiental local e com a participação de diversos grupos da região no entorno da serra. Como resultado deste seminário esse movimento ambiental, definido a partir de então como Fórum da Serra da Misericórdia. teve sua primeira grande vitória, o decreto nº. 19.144 de novembro de 2000 que criou a APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana) da Serra da Misericórdia, pelo então prefeito Luis Paulo Conde. | |||
== Os anos 2000 == | == Os anos 2000 == |