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== Contribuições para ciência e psicanálise == | == Contribuições para ciência e psicanálise == | ||
[[Arquivo:Foto3.png|esquerda|miniaturadaimagem]] | [[Arquivo:Foto3.png|esquerda|miniaturadaimagem]] | ||
Em 1952, Apolinária abriu seu templo para a pesquisa científica e por conta disso, muitos de seus rituais foram registrados fotograficamente, e as rezas gravadas em fita magnética e acetato. Grandes nomes das ciências e das artes chegaram a participar de suas cerimônias, como o regente e folclorista alemão Fritz Jöde. Muitos psicanalistas observavam suas cerimônias para desenvolver estudos a respeito do “estado de santo”, como Angel Garma, Arnaldo Raskovsy e Ernesto La Plata (CORREIO DO POVO, 1959). | Em 1952, Apolinária abriu seu templo para a pesquisa científica e por conta disso, muitos de seus rituais foram registrados fotograficamente, e as rezas gravadas em fita magnética e acetato. Grandes nomes das ciências e das artes chegaram a participar de suas cerimônias, como o regente e folclorista alemão Fritz Jöde. Muitos psicanalistas observavam suas cerimônias para desenvolver estudos a respeito do “estado de santo”, como Angel Garma, Arnaldo Raskovsy e Ernesto La Plata (CORREIO DO POVO, 1959). | ||
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== O grande sonho == | == O grande sonho == | ||
Para além de sua importância religiosa, Apolinária era conhecida por sua solidariedade e generosidade. Gostava muito de crianças, com quem conversava, brincava e as acolhia em sua casa. Foi mãe de quatro filhas de sangue: Maria Antonia, Marí, Carmen e Marilu (única filha viva). Além disso, chegou a ter cerca de 40 crianças adotivas sob sua guarda. Seu maior sonho era o de construir uma grande instituição de acolhimento de menores abandonados em torno de sua casa de religião. Por conta da visibilidade dos problemas de espaço e buscando concretizar um projeto ambicioso de construir um novo terreiro que também funcionasse como uma instituição de acolhimento, Apolinária comprou quatro terrenos no entorno do Morro Santana, onde hoje se localiza o Jardim Ypu, onde começou a construção de seu projeto (SILVA, 2018).<blockquote>''Um novo terreiro, fora da orla extrema da cidade. Terreiro de tais proporções como talvez não exista outro no Brasil. Enorme área construída, com dois pisos. A sala de dança ritual teria quatorze metros de lado. Ao redor do edifício principal, muitas casas de seus crentes mais chegados. (CORREIO DO POVO, 1959)'' [[Arquivo: | Para além de sua importância religiosa, Apolinária era conhecida por sua solidariedade e generosidade. Gostava muito de crianças, com quem conversava, brincava e as acolhia em sua casa. Foi mãe de quatro filhas de sangue: Maria Antonia, Marí, Carmen e Marilu (única filha viva). Além disso, chegou a ter cerca de 40 crianças adotivas sob sua guarda. Seu maior sonho era o de construir uma grande instituição de acolhimento de menores abandonados em torno de sua casa de religião. Por conta da visibilidade dos problemas de espaço e buscando concretizar um projeto ambicioso de construir um novo terreiro que também funcionasse como uma instituição de acolhimento, Apolinária comprou quatro terrenos no entorno do Morro Santana, onde hoje se localiza o Jardim Ypu, onde começou a construção de seu projeto (SILVA, 2018).<blockquote>''Um novo terreiro, fora da orla extrema da cidade. Terreiro de tais proporções como talvez não exista outro no Brasil. Enorme área construída, com dois pisos. A sala de dança ritual teria quatorze metros de lado. Ao redor do edifício principal, muitas casas de seus crentes mais chegados. (CORREIO DO POVO, 1959)'' | ||
[[Arquivo:Foto8.png|centro|commoldura]]</blockquote>O projeto arquitetônico foi concebido pelo Eng. Civil Ênio José Verçosa, que foi convidado por um dos filhos de religião da casa e ficou impressionado com a grandiosidade do projeto. De acordo com sua filha Marilú, parte da obra já estava “levantada”, onde funcionava na parte de cima o salão de religião. Na parte de baixo, haveriam quartos para acolhimentos de pessoas em situação de rua e crianças (SILVA, 2018). <blockquote>''Comprado o grande terreno de uma empresa imobiliária, abriram e sentaram os alicerces. Para suprir as necessidades de água escavaram um profundo poço Finda a jornada na cidade os fiéis para lá se dirigiam e trabalhavam até a madrugada. Fabuloso movimento de terras, ciclópicos muros de pedra, e as paredes se elevaram pouco a pouco. Puzera a cobertura. Uma laje de concreto dava acesso direto da estrada ao piso superior. Tudo marchava bem. (CORREIO DO POVO, 1959).''</blockquote> | |||
* [https://www.google.com/maps/@-30.0440587,-51.1366522,3a,46.7y,56.22h,81.61t/data=!3m6!1e1!3m4!1s9Bl8ijyiLs54PHn-JVQL8A!2e0!7i16384!8i8192 Veja a localização das ruínas da casa de Mãe Apolinária] | * [https://www.google.com/maps/@-30.0440587,-51.1366522,3a,46.7y,56.22h,81.61t/data=!3m6!1e1!3m4!1s9Bl8ijyiLs54PHn-JVQL8A!2e0!7i16384!8i8192 Veja a localização das ruínas da casa de Mãe Apolinária] | ||
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