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Não foram poucas as reuniões de pauta que provocaram crises de choro ou boas gargalhadas na equipe. Elas tinham um quê de análise de grupo – e geravam espaço para as pessoas abrirem o coração e contarem coisas que ainda não contaram para ninguém. Isso se consolidaria com o tempo – e com a conquista de uma imensa confiança entre cada um do grupo. </blockquote> | Não foram poucas as reuniões de pauta que provocaram crises de choro ou boas gargalhadas na equipe. Elas tinham um quê de análise de grupo – e geravam espaço para as pessoas abrirem o coração e contarem coisas que ainda não contaram para ninguém. Isso se consolidaria com o tempo – e com a conquista de uma imensa confiança entre cada um do grupo. </blockquote> | ||
As inúmeras histórias contadas no portal passaram a alimentar diferentes sites internos nas áreas de memória, gênero, meio ambiente e apoio jurídico. Dentre eles, o Favela Tem Memória ganhou destaque e conquistou um encanto especial para a equipe. Não à toa: cada site era um projeto dentro do projeto maior do portal, mas o FTM era um espaço destinado, por exemplo, às longas entrevistas de história de vida, com prazo maior de entrega, feitas com pessoas mais velhas, que, ao contarem suas histórias, falavam da história do lugar do seu ponto de vista. A concepção foi feita de forma conjunta, tendo à frente as antropólogas Regina Novaes e Christina Vital, junto com o jornalista Flávio Pinheiro, em diálogo com repórteres, fotógrafos e redatores do portal. Havia três vertentes principais: a história oral, a partir dos depoimentos de moradores antigos; a memória musical, buscando encontrar, por exemplo, sambas e outras produções musicais perdidas com a morte de seus autores; e a memória iconográfica, a partir de fotografias guardadas por moradores e por meio de pesquisa em acervos de imagem públicos e privados. | As inúmeras histórias contadas no portal passaram a alimentar diferentes sites internos nas áreas de memória, gênero, meio ambiente e apoio jurídico. Dentre eles, o '''Favela Tem Memória''' ganhou destaque e conquistou um encanto especial para a equipe. Não à toa: cada site era um projeto dentro do projeto maior do portal, mas o FTM era um espaço destinado, por exemplo, às longas entrevistas de história de vida, com prazo maior de entrega, feitas com pessoas mais velhas, que, ao contarem suas histórias, falavam da história do lugar do seu ponto de vista. A concepção foi feita de forma conjunta, tendo à frente as antropólogas Regina Novaes e Christina Vital, junto com o jornalista Flávio Pinheiro, em diálogo com repórteres, fotógrafos e redatores do portal. Havia três vertentes principais: a história oral, a partir dos depoimentos de moradores antigos; a memória musical, buscando encontrar, por exemplo, sambas e outras produções musicais perdidas com a morte de seus autores; e a memória iconográfica, a partir de fotografias guardadas por moradores e por meio de pesquisa em acervos de imagem públicos e privados. | ||
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