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As inúmeras histórias contadas no portal passaram a alimentar diferentes sites internos nas áreas de memória, gênero, meio ambiente e apoio jurídico. Dentre eles, o '''Favela Tem Memória''' ganhou destaque e conquistou um encanto especial para a equipe. Não à toa: cada site era um projeto dentro do projeto maior do portal, mas o FTM era um espaço destinado, por exemplo, às longas entrevistas de história de vida, com prazo maior de entrega, feitas com pessoas mais velhas, que, ao contarem suas histórias, falavam da história do lugar do seu ponto de vista. A concepção foi feita de forma conjunta, tendo à frente as antropólogas Regina Novaes e Christina Vital, junto com o jornalista Flávio Pinheiro, em diálogo com repórteres, fotógrafos e redatores do portal. Havia três vertentes principais: a história oral, a partir dos depoimentos de moradores antigos; a memória musical, buscando encontrar, por exemplo, sambas e outras produções musicais perdidas com a morte de seus autores; e a memória iconográfica, a partir de fotografias guardadas por moradores e por meio de pesquisa em acervos de imagem públicos e privados. | As inúmeras histórias contadas no portal passaram a alimentar diferentes sites internos nas áreas de memória, gênero, meio ambiente e apoio jurídico. Dentre eles, o '''Favela Tem Memória''' ganhou destaque e conquistou um encanto especial para a equipe. Não à toa: cada site era um projeto dentro do projeto maior do portal, mas o FTM era um espaço destinado, por exemplo, às longas entrevistas de história de vida, com prazo maior de entrega, feitas com pessoas mais velhas, que, ao contarem suas histórias, falavam da história do lugar do seu ponto de vista. A concepção foi feita de forma conjunta, tendo à frente as antropólogas Regina Novaes e Christina Vital, junto com o jornalista Flávio Pinheiro, em diálogo com repórteres, fotógrafos e redatores do portal. Havia três vertentes principais: a história oral, a partir dos depoimentos de moradores antigos; a memória musical, buscando encontrar, por exemplo, sambas e outras produções musicais perdidas com a morte de seus autores; e a memória iconográfica, a partir de fotografias guardadas por moradores e por meio de pesquisa em acervos de imagem públicos e privados. | ||
=== Fotografia === | |||
[[Arquivo:Queimados. Foto de Walter Mesquita.jpg|500x500px|alt=|miniaturadaimagem|Fotografia publicada no Portal Viva Favela. Galeria: Projeto Circo Baixada, em Queimados, Baixada Fluminense. Data: 13/02/2003. Autoria: Walter Mesquita]] | [[Arquivo:Queimados. Foto de Walter Mesquita.jpg|500x500px|alt=|miniaturadaimagem|Fotografia publicada no Portal Viva Favela. Galeria: Projeto Circo Baixada, em Queimados, Baixada Fluminense. Data: 13/02/2003. Autoria: Walter Mesquita]] | ||
A produção fotográfica do Viva Favela, em sua fase inicial (2001 a 2005), refletiu, em grande parte, as relações de proximidade e afetividade que a reduzida equipe de fotógrafos tinha com os seus espaços de vivência. E foi justamente esta a razão tanto da sua beleza, quanto da eficácia. Se o principal objetivo do portal era fugir do enquadramento que os grandes jornais davam às regiões de favelas e periferias, o referencial de fotojornalismo conhecido pela maioria dos habitantes desses espaços da cidade não era um bom parâmetro a ser seguido pela editoria de fotografia. Se o desafio de todos que embarcaram naquela experiência era buscar fazer diferente do modelo (ou anti-modelo) vigente de produção de informação jornalística, o primeiro passo era respeitar e valorizar os olhares que vinham de dentro, ou seja, dos fotógrafos - Deise Lane, Nando Dias, Rodrigues Moura, Tony Barros e Walter Mesquita -, carregados com as suas subjetividades e sensibilidades. Era apenas preciso conhecer um pouco mais sobre a linguagem fotográfica, de modo a poderem se expressar melhor com aquele alfabeto e, principalmente, a contarem histórias com imagens - ou criar narrativas com fotografias. | A produção fotográfica do Viva Favela, em sua fase inicial (2001 a 2005), refletiu, em grande parte, as relações de proximidade e afetividade que a reduzida equipe de fotógrafos tinha com os seus espaços de vivência. E foi justamente esta a razão tanto da sua beleza, quanto da eficácia. Se o principal objetivo do portal era fugir do enquadramento que os grandes jornais davam às regiões de favelas e periferias, o referencial de fotojornalismo conhecido pela maioria dos habitantes desses espaços da cidade não era um bom parâmetro a ser seguido pela editoria de fotografia. Se o desafio de todos que embarcaram naquela experiência era buscar fazer diferente do modelo (ou anti-modelo) vigente de produção de informação jornalística, o primeiro passo era respeitar e valorizar os olhares que vinham de dentro, ou seja, dos fotógrafos - Deise Lane, Nando Dias, Rodrigues Moura, Tony Barros e Walter Mesquita -, carregados com as suas subjetividades e sensibilidades. Era apenas preciso conhecer um pouco mais sobre a linguagem fotográfica, de modo a poderem se expressar melhor com aquele alfabeto e, principalmente, a contarem histórias com imagens - ou criar narrativas com fotografias. |