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O Jacarezinho é cortado pelo ramal de Belford Roxo da SuperVia, que possui uma estação no bairro, atravessa a região paralelamente à Linha 2 do Metrô e à Avenida Suburbana, e faz a ligação entre a Central do Brasil, na Zona Central do Rio de Janeiro, e o centro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. | O Jacarezinho é cortado pelo ramal de Belford Roxo da SuperVia, que possui uma estação no bairro, atravessa a região paralelamente à Linha 2 do Metrô e à Avenida Suburbana, e faz a ligação entre a Central do Brasil, na Zona Central do Rio de Janeiro, e o centro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. | ||
== | == Chacina do Jacarezinho == | ||
Em 06 de maio de 2021, a favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, foi palco da mais brutal chacina da história do Rio de Janeiro. Durante horas, uma megaoperação levou o horror e a morte para as famílias do local, tendo executado mais de 40 pessoas e ferido tantas outras. Sem contar nas denúncias dos moradores de outras violações de direito, como as invasões nas casas dos moradores, agressões, abusos de poder e execuções sumárias. Diversas organizações da sociedade civil, com destaque aos movimentos de favela e de defensores de direitos humanos, tem realizado as denuncias e cobranças para que o caso seja apurado e as pessoas responsáveis sejam identificadas. Cabe destacar que a chacina ocorre durante a pandemia do coronavírus, com uma ação (ADPF 635) julgada pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou que as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro, enquanto durar a pandemia de Covid-19, fossem restritas. Nem mesmo a pandemia ou a determinação do STF foram suficientes para barrar a chacina feita pela Polícia Civil. Os detalhes ainda estão sendo apurados. | Em 06 de maio de 2021, a favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, foi palco da mais brutal chacina da história do Rio de Janeiro - conhecida como [[Chacina do Jacarezinho - 06 de maio de 2021|Chacina do Jacarezinho]]. Durante horas, uma megaoperação levou o horror e a morte para as famílias do local, tendo executado mais de 40 pessoas e ferido tantas outras. Sem contar nas denúncias dos moradores de outras violações de direito, como as invasões nas casas dos moradores, agressões, abusos de poder e execuções sumárias. Diversas organizações da sociedade civil, com destaque aos movimentos de favela e de defensores de direitos humanos, tem realizado as denuncias e cobranças para que o caso seja apurado e as pessoas responsáveis sejam identificadas. Cabe destacar que a chacina ocorre durante a pandemia do coronavírus, com uma ação (ADPF 635) julgada pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou que as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro, enquanto durar a pandemia de Covid-19, fossem restritas. Nem mesmo a pandemia ou a determinação do STF foram suficientes para barrar a chacina feita pela Polícia Civil. Os detalhes ainda estão sendo apurados. | ||
O episódio gerou a indignação da comunidade, que pede o fim da violência policial nas favelas, além de ter amplificado o debate em torno das políticas de segurança pública em territórios periféricos por parte da imprensa, dos movimentos sociais e de órgãos públicos. Há um latente oposição de narrativas empreendidas entre frações do poder público e a população: enquanto líderes comunitários denunciam os rotineiros abusos de poder aos quais os moradores da favelas estão submetidos, o governador Cláudio Castro lamentou as perdas mas alegou em comunicado, no entanto, que "a ação foi pautada e orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído". | O episódio gerou a indignação da comunidade, que pede o fim da violência policial nas favelas, além de ter amplificado o debate em torno das políticas de segurança pública em territórios periféricos por parte da imprensa, dos movimentos sociais e de órgãos públicos. Há um latente oposição de narrativas empreendidas entre frações do poder público e a população: enquanto líderes comunitários denunciam os rotineiros abusos de poder aos quais os moradores da favelas estão submetidos, o governador Cláudio Castro lamentou as perdas mas alegou em comunicado, no entanto, que "a ação foi pautada e orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído". |