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O Poesia de Esquina é um movimento artístico surgido na [[Cidade de Deus (favela)|Cidade de Deus]], fundado pela socióloga Viviane Salles e pelo escritor Wellington França, autor do livro “Temporais”. O movimento se iniciou como encontro literário a partir da partilha do microfone aberto e do palco informal e livre, daí a origem de seu nome. | |||
'''Autora: <bdi>[[Usuário:Viviane_Salles&action=edit&redlink=1|Viviane Salles]].</bdi>''' | '''Autora: <bdi>[[Usuário:Viviane_Salles&action=edit&redlink=1|Viviane Salles]].</bdi>''' | ||
[[Arquivo:Vivi Salles no Poesia de Esquina..jpg|alt=Vivi Salles no Poesia de Esquina.|centro|miniaturadaimagem|Vivi Salles no Poesia de Esquina.]] | [[Arquivo:Vivi Salles no Poesia de Esquina..jpg|alt=Vivi Salles no Poesia de Esquina.|centro|miniaturadaimagem|Vivi Salles no Poesia de Esquina.]] | ||
== História == | == História == | ||
Durante os anos de 2011 e 2012 acontecia no Bar do Tico e entre 2013 e 2016 teve sua efervescência no conhecido Bar do Tom Zé chegando a reunir poetas e artistas de variados pontos da região metropolitana do Rio. | Durante os anos de 2011 e 2012 acontecia no Bar do Tico e entre 2013 e 2016 teve sua efervescência no conhecido Bar do Tom Zé chegando a reunir poetas e artistas de variados pontos da região metropolitana do Rio. | ||
O evento reunia um público extremamente variado: de estudantes universitários a donas de casa, de crianças a idosos, trabalhadores em geral – o Poesia de Esquina faz parte, e é um dos movimentos artísticos protagonistas, do circuito da explosão de saraus e [[Roda Cultural da Central|rodas culturais]] que surgiu no Rio produzido por jovens artistas e produtores culturais. Tal fenômeno visto por muitos como relacionado às jornadas de Junho de 2013, em razão de sua relação com a ocupação criativa de espaços públicos e formação de novos coletivos. O sarau acontecia em um botequim, já que em geral nas favelas existem limitados espaços públicos voltados para manifestações culturais, da mesma forma que em diversos saraus de "periferia" de São Paulo, como a Cooperifa, no bairro do Jardim Ângela, uma das inspirações do Poesia de Esquina. | O evento reunia um público extremamente variado: de estudantes universitários a donas de casa, de crianças a idosos, trabalhadores em geral – o Poesia de Esquina faz parte, e é um dos movimentos artísticos protagonistas, do [[Diversidade cultural na Zona Oeste do Rio de Janeiro (relatório)|circuito da explosão de saraus]] e [[Roda Cultural da Central|rodas culturais]] que surgiu no Rio produzido por jovens artistas e produtores culturais. Tal fenômeno visto por muitos como relacionado às [[Jornadas de Junho de 2013 no Rio de Janeiro|jornadas de Junho de 2013]], em razão de sua relação com a ocupação criativa de espaços públicos e formação de novos coletivos. O sarau acontecia em um botequim, já que em geral nas favelas existem limitados espaços públicos voltados para manifestações culturais, da mesma forma que em diversos saraus de "periferia" de São Paulo, como a Cooperifa, no bairro do Jardim Ângela, uma das inspirações do Poesia de Esquina. | ||
[[Arquivo:Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação..jpg|alt=Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação.|centro|miniaturadaimagem|Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação.]] | [[Arquivo:Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação..jpg|alt=Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação.|centro|miniaturadaimagem|Foto Marcos Vinicíus de Souza, Divulgação.]] | ||
Os eventos e apresentações promovem a valorização do intercâmbio artístico, a informalidade e a prática do estímulo à participação do público através do microfone aberto, onde a princípio qualquer pessoa pode dizer um poema, cantar ou até mesmo fazer uma declaração de amor – como já aconteceu algumas vezes. Tornou-se referência como uma importante intervenção na [[Cidade de Deus (favela)|Cidade de Deus]], território que mesmo historicamente estigmatizado, também é celeiro de uma produtividade artística inspiradora e que vai da literatura ao [[Funk no Brasil: um panorama histórico da ascensão da cultura das comunidades|funk]]. | Os eventos e apresentações promovem a valorização do intercâmbio artístico, a informalidade e a prática do estímulo à participação do público através do microfone aberto, onde a princípio qualquer pessoa pode dizer um poema, cantar ou até mesmo fazer uma declaração de amor – como já aconteceu algumas vezes. Tornou-se referência como uma importante intervenção na [[Cidade de Deus (favela)|Cidade de Deus]], território que mesmo historicamente estigmatizado, também é celeiro de uma produtividade artística inspiradora e que vai da literatura ao [[Funk no Brasil: um panorama histórico da ascensão da cultura das comunidades|funk]]. | ||
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