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<p style="text-align: justify;">'''Autoria: Instituto Raízes em Movimento ''' | <p style="text-align: justify;">O Instituto Raízes em Movimento, atuante no Complexo do Alemão desde 2001, promove o desenvolvimento humano e cultural através de parcerias em projetos como o Conselho de Saúde e o Circulando. Além disso, destaca-se pelo CEPEDOCA, braço de memória e conhecimento, que realiza cursos, debates, e mantém um portal virtual, contribuindo para a produção de conteúdo sobre o bairro. Em resposta à pandemia de Covid-19, o Raízes participa ativamente, arrecadando recursos e promovendo ações de comunicação comunitária.</p><p style="text-align: justify;">'''Autoria: Instituto Raízes em Movimento '''</p>__FORCETOC__ | ||
= História = | = História = | ||
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O '''Instituto Raízes em Movimento''' é uma organização não governamental sediada no bairro do Complexo do Alemão e criada no ano de 2001. Desde então, tem como missão: a promoção do desenvolvimento humano, social e cultural do Complexo do Alemão, através da participação de atores locais como protagonistas dos processos.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ao longo desses quase vinte anos, várias foram as estratégias encontradas para realização desta missão. Desde o engajamento com outros coletivos locais em lutas diversas, como: a implementação do Conselho de Saúde do Complexo do Alemão (CONSA), que tomou forma na abertura do C.M.S do Alemão, localizado no “pé” da Avenida Central, oferecendo serviços básicos de à população local; o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misercórdia (CDLSM), organizado para defender a preservação Ambiental do quarto maior maciço urbano da cidade do Rio de Janeiro - um dos frutos dessa mobilização foi sua transformação em uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU); posteriormente, o CDLSM transformou-se no Comitê de Monitoramento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Complexo do Alemão, responsável pela fiscalização das obras e por garantir a participação popular no processo; ainda no âmbito do PAC, o Raízes em Movimento passou a integrar a gestão do Trabalho Técnico Social do PAC, responsável por desdobrar essa mediação com a população.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Por outro lado, essa trajetória é marcado pelas ações individuais, com parcerias pontuais. A primeira ação substantiva do Raízes foi o Tintarte, entre 2002 e 2003, uma atividade de formação em grafite e direitos humanos, em parceria com o CIEDS - Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável - CIEDS. Em 2007 começou a realizar a atividade que mais marcante e identificada com a instituição, o Circulando – Diálogo e comunicação na Favela, realizado desde então com regularidades distintas, assumiu a periodicidade anual em 2010 e em 2018 será realizada sua décima quarta edição. Realizado inicialmente em parceria com o Observatório de Favelas, trata-se de um grande festival de artes em um dia no qual o Complexo do Alemão é ocupado com arte, cultura, conhecimento e memória: música, fotografia, cinema, teatro, poesia; mas também atividades infantis, debates, lançamentos de publicações etc. É uma ação na qual o Raízes “presta contas” com a comunidade sobre sua ação ao longo do ano.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Recentemente, o Raízes em Movimento tem como objetivo discutir e disputar a cidade a partir das experiências vividas no Complexo do Alemão, situando e qualificando o lugar específico de fala, isto é, um referencial periférico, e de ações organizadas em dois eixos: a comunicação e a produção de conhecimento. No primeiro caso, a partir de uma comunicação crítica e da cultura; no segundo, através de articulação com os saberes acadêmicos e o resgate da memória local.De modo que as metodologias desenvolvidas e produtos realizados possam ser replicados para outros espaços periféricos, do Brasil e do mundo.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Essa atuação toma forma em dois programas: O Circulando e o CEPEDOCA (Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão). O primeiro focado na comunicação, composto pelo Circulando (festival) e pelo favela.doc – o braço audiovisual do Raízes -, que realiza o cineclube Raízes (que surgiu no seio do Adubando Raízes Locais) e produziu dois documentários, um chamado “Copa pr’Alemão Ver” e o “Quando você chegou meu santo já tava” , sobre as religiões de matriz africana no bairro do Complexo do Alemão.</span></p> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O '''Instituto Raízes em Movimento''' é uma organização não governamental sediada no bairro do Complexo do Alemão e criada no ano de 2001. Desde então, tem como missão: a promoção do desenvolvimento humano, social e cultural do Complexo do Alemão, através da participação de atores locais como protagonistas dos processos.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ao longo desses quase vinte anos, várias foram as estratégias encontradas para realização desta missão. Desde o engajamento com outros coletivos locais em lutas diversas, como: a implementação do Conselho de Saúde do Complexo do Alemão (CONSA), que tomou forma na abertura do C.M.S do Alemão, localizado no “pé” da Avenida Central, oferecendo serviços básicos de à população local; o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misercórdia (CDLSM), organizado para defender a preservação Ambiental do quarto maior maciço urbano da cidade do Rio de Janeiro - um dos frutos dessa mobilização foi sua transformação em uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU); posteriormente, o CDLSM transformou-se no Comitê de Monitoramento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Complexo do Alemão, responsável pela fiscalização das obras e por garantir a participação popular no processo; ainda no âmbito do PAC, o Raízes em Movimento passou a integrar a gestão do Trabalho Técnico Social do PAC, responsável por desdobrar essa mediação com a população.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Por outro lado, essa trajetória é marcado pelas ações individuais, com parcerias pontuais. A primeira ação substantiva do Raízes foi o Tintarte, entre 2002 e 2003, uma atividade de formação em grafite e direitos humanos, em parceria com o CIEDS - Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável - CIEDS. Em 2007 começou a realizar a atividade que mais marcante e identificada com a instituição, o Circulando – Diálogo e comunicação na Favela, realizado desde então com regularidades distintas, assumiu a periodicidade anual em 2010 e em 2018 será realizada sua décima quarta edição. Realizado inicialmente em parceria com o Observatório de Favelas, trata-se de um grande festival de artes em um dia no qual o Complexo do Alemão é ocupado com arte, cultura, conhecimento e memória: música, fotografia, cinema, teatro, poesia; mas também atividades infantis, debates, lançamentos de publicações etc. É uma ação na qual o Raízes “presta contas” com a comunidade sobre sua ação ao longo do ano.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Recentemente, o Raízes em Movimento tem como objetivo discutir e disputar a cidade a partir das experiências vividas no Complexo do Alemão, situando e qualificando o lugar específico de fala, isto é, um referencial periférico, e de ações organizadas em dois eixos: a comunicação e a produção de conhecimento. No primeiro caso, a partir de uma comunicação crítica e da cultura; no segundo, através de articulação com os saberes acadêmicos e o resgate da memória local.De modo que as metodologias desenvolvidas e produtos realizados possam ser replicados para outros espaços periféricos, do Brasil e do mundo.</span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Essa atuação toma forma em dois programas: O Circulando e o CEPEDOCA (Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão). O primeiro focado na comunicação, composto pelo Circulando (festival) e pelo favela.doc – o braço audiovisual do Raízes -, que realiza o cineclube Raízes (que surgiu no seio do Adubando Raízes Locais) e produziu dois documentários, um chamado “Copa pr’Alemão Ver” e o “Quando você chegou meu santo já tava” , sobre as religiões de matriz africana no bairro do Complexo do Alemão.</span></p> |
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