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Autoria: Ynaê dos Santos, entrevistada por Juliana Passos para a Revista Poli (EPSJV-Fiocruz) | Autoria: Ynaê dos Santos, entrevistada por Juliana Passos para a Revista Poli (EPSJV-Fiocruz)<ref>Poli, nº 95, "Saúde, educação e trabalho", maio de 2024. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/poli_95_web.pdf. </ref> | ||
[[Arquivo:Foto Ricardo Borges Divulgacao EPSJV-Fiocruz.jpg|alt=Ynaê dos Santos - Foto: Ricardo Borges Divulgação EPSJV-Fiocruz|commoldura|Ynaê dos Santos - Foto: Ricardo Borges Divulgação EPSJV-Fiocruz]] | [[Arquivo:Foto Ricardo Borges Divulgacao EPSJV-Fiocruz.jpg|alt=Ynaê dos Santos - Foto: Ricardo Borges Divulgação EPSJV-Fiocruz|commoldura|Ynaê dos Santos - Foto: Ricardo Borges Divulgação EPSJV-Fiocruz]] | ||
Pedidos de desculpas públicas que atribuem atitudes individuais à estrutura da sociedade, negação do racismo, diferenças salariais significativas e tratamentos diferentes para brancos e negros, seja por parte da polícia, do judiciário, dos meios de comunicação e mesmo nas escolas. Essas são situações que exemplificam um termo que tem circulado com cada vez mais frequência: racismo estrutural. E não faltam dados para mostrar o impacto desse processo na sociedade. Embora formem a maior parcela da população brasileira, pretos e pardos recebem salários 60% menores do que as pessoas brancas, que concentram 69% dos cargos gerenciais. A violência também atinge essa população com maior frequência: a taxa de homicídio de pretos e pardos é três vezes maior do que entre a população branca. Os dados são das Estatísticas Sociais publicadas em 2022 pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Nesta entrevista, a professora da Universidade Federal Fluminense '''Ynaê dos Santos''' detalha o conceito de racismo estrutural e explica de que forma ele organiza a sociedade brasileira. Ela rejeita a ideia de que atitudes racistas são casos isolados e restritos aos indivíduos, mas defende que tanto as pessoas quanto as instituições sejam responsabilizadas por seus atos. | Pedidos de desculpas públicas que atribuem atitudes individuais à estrutura da sociedade, negação do racismo, diferenças salariais significativas e tratamentos diferentes para brancos e negros, seja por parte da polícia, do judiciário, dos meios de comunicação e mesmo nas escolas. Essas são situações que exemplificam um termo que tem circulado com cada vez mais frequência: racismo estrutural. E não faltam dados para mostrar o impacto desse processo na sociedade. Embora formem a maior parcela da população brasileira, pretos e pardos recebem salários 60% menores do que as pessoas brancas, que concentram 69% dos cargos gerenciais. A violência também atinge essa população com maior frequência: a taxa de homicídio de pretos e pardos é três vezes maior do que entre a população branca. Os dados são das Estatísticas Sociais publicadas em 2022 pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Nesta entrevista, a professora da Universidade Federal Fluminense '''Ynaê dos Santos''' detalha o conceito de racismo estrutural e explica de que forma ele organiza a sociedade brasileira. Ela rejeita a ideia de que atitudes racistas são casos isolados e restritos aos indivíduos, mas defende que tanto as pessoas quanto as instituições sejam responsabilizadas por seus atos. |