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A aula aberta tratou das reformas que aconteceram no Rio de Janeiro, com a ideia de limpeza da cidade, sobre as demolições, inclusive no Morro do castelo, onde o Exercito brasileiro foi contra, pois servia de moradia para muitos soldados rasos. O autor foi mostrando que o desenvolvimento urbano das favelas nunca foi pensado para a [[Projeto Memórias do Urbanismo Carioca|urbanização]] do lugar, mas para sua retirada, como foi feito na Favela do Pinto, para atender a especulação imobiliária, a favela vista como um problema é combatida pelo o estado como um problema. | A aula aberta tratou das reformas que aconteceram no Rio de Janeiro, com a ideia de limpeza da cidade, sobre as demolições, inclusive no Morro do castelo, onde o Exercito brasileiro foi contra, pois servia de moradia para muitos soldados rasos. O autor foi mostrando que o desenvolvimento urbano das favelas nunca foi pensado para a [[Projeto Memórias do Urbanismo Carioca|urbanização]] do lugar, mas para sua retirada, como foi feito na Favela do Pinto, para atender a especulação imobiliária, a favela vista como um problema é combatida pelo o estado como um problema. | ||
O autor destacou as nomenclaturas utilizadas pelo [[ | O autor destacou as nomenclaturas utilizadas pelo [[Adeus Aglomerados Subnormais Parte 1 - Diversidade Local, Potência e Pertencimento em um Novo Termo Oficial|IBGE desde 1948]], que foram modificadas cerca de quatro vezes ao longo da história. Mas o que é interessante e merece uma série de reflexões diz respeito aos nomes e expressões que são usados. Às vezes, é extremamente difícil tentar construir um conceito e classificá-las de forma homogênea, pois existe um fenômeno muito próprio de um tipo de construção, na maior parte das vezes, por autoconstrução, que de alguma forma não está completamente e diretamente direcionado pelo Estado, planejado dessa forma. | ||
Talvez elas estejam um pouco à margem do próprio contexto jurídico, mas o interessante é que existem dimensões e nomes muito próprios. Por exemplo, o termo "favela" no Brasil é muito comum no Rio de Janeiro, um pouco em São Paulo, mas em Recife usa-se "mucambo", em Salvador "invasão" e em Porto Alegre "vila". É extremamente interessante a arqueologia desses nomes, pois acabamos por compreender uma série de reflexões internas. | Talvez elas estejam um pouco à margem do próprio contexto jurídico, mas o interessante é que existem dimensões e nomes muito próprios. Por exemplo, o termo "favela" no Brasil é muito comum no Rio de Janeiro, um pouco em São Paulo, mas em Recife usa-se "mucambo", em Salvador "invasão" e em Porto Alegre "vila". É extremamente interessante a arqueologia desses nomes, pois acabamos por compreender uma série de reflexões internas. |
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