555
edições
Escreva seu primeiro verbete!
Sem resumo de edição |
Sem resumo de edição |
||
Linha 50: | Linha 50: | ||
O jovem ficou quase dois meses em privação de liberdade até que em uma audiência a pessoa que o reconheceu anteriormente disse que Danilo não tinha semelhanças com o assaltante. Quando conseguiu sair da prisão descobriu que estava sendo acusado injustamente nas mesmas circunstâncias, mas conseguiu o direito de responder em liberdade e a vítima voltou atrás, dizendo que não havia sido ele. Ocorreu o arquivamento do processo e ele não foi indiciado.<ref>[https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58119703 Fui preso após foto do meu Facebook ir parar em álbum de suspeitos]</ref> | O jovem ficou quase dois meses em privação de liberdade até que em uma audiência a pessoa que o reconheceu anteriormente disse que Danilo não tinha semelhanças com o assaltante. Quando conseguiu sair da prisão descobriu que estava sendo acusado injustamente nas mesmas circunstâncias, mas conseguiu o direito de responder em liberdade e a vítima voltou atrás, dizendo que não havia sido ele. Ocorreu o arquivamento do processo e ele não foi indiciado.<ref>[https://www.bbc.com/portuguese/brasil-58119703 Fui preso após foto do meu Facebook ir parar em álbum de suspeitos]</ref> | ||
Infelizmente ocorreu pela terceira vez uma acusação indevida para Danilo: o delegado da 76° Delegacia de Polícia (DP) de Niterói não realizou o reconhecimento presencial com as vítimas de um crime e o indiciou a partir de uma fotografia. | |||
A advogada Juliana Sanches, que integra o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN), organização que assumiu o caso de Danilo, disse que a audiência contou com a presença de todos os envolvidos. Segundo ela, as duas vítimas alegaram não se lembrarem das características dos acusados e chegaram a informar aos policiais na ocasião, porém, mesmo assim, foram pressionadas ao reconhecimento. Por sua vez, o policial envolvido alegou não se recordar do caso.<ref>[https://www.brasildefato.com.br/2023/04/12/jovem-negro-prova-inocencia-pela-3-vez-apos-ser-acusado-por-erro-de-reconhecimento-facial Jovem negro prova inocência pela 3ª vez após ser acusado por erro de reconhecimento facial]</ref> | |||
==== Acusada por ter o “cabelo parecido" (São Paulo) ==== | ==== Acusada por ter o “cabelo parecido" (São Paulo) ==== | ||
<references /> | Bárbara Quirino, a dançarina também conhecida como Babiy, foi detida em 2018 e ficou em privação de liberdade por um ano e oito meses no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dra. Marina Marigo Cardoso de Oliveira, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo. A jovem de apenas 21 anos foi detida por assalto a mão armada de um carro e jóias foi condenada a 5 anos e 4 meses de pena. | ||
Babiy foi confundida com a assaltante supostamente porque a participante do crime seria negra como ela e também teria cabelos cacheados. Entretanto, no momento do crime a jovem estava participando da gravação de um videoclipe na capital, enquanto o assalto ocorreu na capital de SP. | |||
Sete meses após sua condenação, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu Babiy, que foi definitivamente inocentada das acusações, pois o desembargador observou que não havia elementos suficientes para sustentar a condenação da jovem. <blockquote>Durante o julgamento, a vítima hesitou. Ao ver Bárbara pessoalmente, apontou com “80% de certeza” que ela era uma das assaltantes, com base na altura, no cabelo e na cor da pele de Bárbara. A juíza considerou que a falta de certeza da vítima não permitiria a condenação da modelo.<ref>Condenada sem provas, Bárbara Querino é absolvida pela segunda [https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-14/condenada-sem-provas-barbara-querino-e-absolvida-pela-segunda-vez.html vez]</ref></blockquote><references /> |
edições