Economia no cotidiano das favelas: mudanças entre as edições

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Pensar sobre a '''economia cotidiana''' de favelas faz parte de um esforço de pensar esses territórios para além dos temas que mais são associados à eles, como a violência e a criminalidade. Mais do que isso, é o reconhecimento de que seus moradores são ''agentes'' capazes de reordenar cotidianamente suas ações para viver uma vida digna, não estando assim, relegados à subsistência, à falta e à pobreza. Pensar em economia cotidiana, nesse sentido, é pensar sobre muitas esferas da vida das pessoas: alimentação, vestimentas, lazer, educação, saúde. Isto porque o dinheiro se coloca como um ator imponderável nas trocas que possibilitam a obtenção desses fatores. Territórios favelados são locais altamente diversos e que estimulam a existência de circuitos comerciais plurais e de atividades que podem ''dar dinheiro''. Salões de beleza, barracas nas feiras, mercadinhos, lojas de roupas, restaurantes, farmácias, ou então, indo de casa em casa revendendo produtos – tudo isso compõe os cenários de diferentes favelas, demarcando a <u>centralidade da economia</u> nas dinâmicas que as constroem e reconstroem todos os dias.  
Pensar sobre a '''economia cotidiana''' de favelas faz parte de um esforço de pensar esses territórios para além dos temas que mais são associados à eles, como a violência e a criminalidade. Mais do que isso, é o reconhecimento de que seus moradores são ''agentes'' capazes de reordenar cotidianamente suas ações para viver uma vida digna, não estando assim, relegados à subsistência, à falta e à pobreza. Pensar em economia cotidiana, nesse sentido, é pensar sobre muitas esferas da vida das pessoas: alimentação, vestimentas, lazer, educação, saúde. Isto porque o dinheiro se coloca como um ator imponderável nas trocas que possibilitam a obtenção desses fatores. Territórios favelados são locais altamente diversos e que estimulam a existência de circuitos comerciais plurais e de atividades que podem ''dar dinheiro''. Salões de beleza, barracas nas feiras, mercadinhos, lojas de roupas, restaurantes, farmácias, ou então, indo de casa em casa revendendo produtos – tudo isso compõe os cenários de diferentes favelas, demarcando a <u>centralidade da economia</u> nas dinâmicas que as constroem e reconstroem todos os dias.  
'''Bibliografia:'''  
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*Motta, Eugênia. Neiburg, Federico. Misalignments: House money and inflationary experiences. International Sociology, 38 (6), 2023.
*Motta, Eugênia. Neiburg, Federico. Misalignments: House money and inflationary experiences. International Sociology, 38 (6), 2023.