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Destarte, tendo como referência o texto “O movimento favelado no Rio de Janeiro: política do Estado e lutas sociais (1954 – 1973)” de autoria de Nisia Trindade Lima, cientista social e socióloga que pesquisou sobre o movimento de favelados no Rio de Janeiro foi proposta a reflexão a respeito da história dos movimentos favelados, revelando como situações de exclusão – luta por moradia, políticas urbanas – podem favorecer processos de organização política. | Destarte, tendo como referência o texto “O movimento favelado no Rio de Janeiro: política do Estado e lutas sociais (1954 – 1973)” de autoria de Nisia Trindade Lima, cientista social e socióloga que pesquisou sobre o movimento de favelados no Rio de Janeiro foi proposta a reflexão a respeito da história dos movimentos favelados, revelando como situações de exclusão – luta por moradia, políticas urbanas – podem favorecer processos de organização política. | ||
O texto versa sobre as lutas sociais nas favelas do Rio de Janeiro em 02 períodos: 1954 – Criação da União de Trabalhadores Favelados e 1962/ 1973 – mobilizações organizadas pela Federação de Associações de Moradores de Favelas (FAFEG) contra as políticas de remoções adotadas pelo Estado. O objetivo era compreender as relações existentes entre a articulação de mobilizações coletivas pela população favelada e as políticas governamentais relativas à habitação popular. | O texto versa sobre as lutas sociais nas favelas do Rio de Janeiro em 02 períodos: 1954 – Criação da União de Trabalhadores Favelados e 1962/ 1973 – mobilizações organizadas pela [[Federação das Associações de Favelas do Estado da Guanabara (FAFEG)|Federação de Associações de Moradores de Favelas (FAFEG)]] contra as políticas de remoções adotadas pelo Estado. O objetivo era compreender as relações existentes entre a articulação de mobilizações coletivas pela população favelada e as políticas governamentais relativas à habitação popular. | ||
Assim, no capítulo quatro - Um projeto do Estado para as associações de moradores - a Autora descreve a proposta apresentada pelo Estado para a urbanização de favelas através de um projeto baseado em uma articulação com a associações de moradores, com objetivo de “desfavelizar” e construir conjuntos habitacionais para a população residente destas áreas. Desta forma, o projeto almejava impor uma espécie de organização política através das associações de moradores, que teriam como função fazer a ponte entre os moradores das favelas e o Estado. Essa organização serviu para definir os locais que teriam as intervenções do Estado, logo se definindo como um programa “apenas em favelas ‘organizadas’” (LIMA, 1989). | Assim, no capítulo quatro - Um projeto do Estado para as associações de moradores - a Autora descreve a proposta apresentada pelo Estado para a urbanização de favelas através de um projeto baseado em uma articulação com a associações de moradores, com objetivo de “desfavelizar” e construir conjuntos habitacionais para a população residente destas áreas. Desta forma, o projeto almejava impor uma espécie de organização política através das associações de moradores, que teriam como função fazer a ponte entre os moradores das favelas e o Estado. Essa organização serviu para definir os locais que teriam as intervenções do Estado, logo se definindo como um programa “apenas em favelas ‘organizadas’” (LIMA, 1989). | ||
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Por fim, por meio de elementos mencionados nos textos indicados como água, moradia; organização do trabalho, movimentos sociais entre outros é possível estabelecer um paralelo para pensar as favelas no cenário atual, em especial durante a pandemia da covid-19, refletindo como os moradores de favelas se organizaram e sobre a importância de redes articuladas entre as organizações de favelas, sem deixar de considerar e pensar que se trata também de uma organização pela falta, pela ausência de atuação do Estado junto a esta população. | Por fim, por meio de elementos mencionados nos textos indicados como água, moradia; organização do trabalho, movimentos sociais entre outros é possível estabelecer um paralelo para pensar as favelas no cenário atual, em especial durante a pandemia da covid-19, refletindo como os moradores de favelas se organizaram e sobre a importância de redes articuladas entre as organizações de favelas, sem deixar de considerar e pensar que se trata também de uma organização pela falta, pela ausência de atuação do Estado junto a esta população. | ||
No que tange ao trabalho em rede, que foi possível verificar de maneira muito forte durante a pandemia, constatamos como juntos somos mais fortes. Através da articulação entre ONG'S e lideranças comunitárias, as favelas tem criado estratégias de ajuda mútua aos seus moradores; além de terem intensificado a comunicação comunitária para divulgação de informações e investido e/ou se debruçado sobre a produção de dados sobre a realidade de seus território. | No que tange ao trabalho em rede, que foi possível verificar de maneira muito forte durante a pandemia, constatamos como juntos somos mais fortes. Através da articulação entre ONG'S e lideranças comunitárias, as favelas tem criado estratégias de ajuda mútua aos seus moradores; além de terem intensificado a comunicação comunitária para divulgação de informações e investido e/ou se debruçado sobre a produção de dados sobre a realidade de seus território. | ||
Abaixo compartilhamos alguns links para conferência: | |||
[[Coronavírus nas favelas]] | * [[Análises e propostas sobre a realidade do coronavírus nas favelas]] | ||
* [[Coronavírus nas favelas]] | |||
[[Painel Covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro]] | * [[Painel Covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro]] | ||
Ainda sobre este mesmo tema, continuamos a aula debatendo sobre o texto A Dimensão Ambiental da Urbanização das Favelas das autoras Rosana Denaldi e Luciana Nicolau Ferrara, ambas doutoras em Arquitetura e Planejamento pela Universidade de São Paulo. Para elas as favelas devem ser um tema principal do debate acerca da questão urbanística, pois parte da população presente nas metrópoles reside nas favelas, e que estas em grande parte estão situadas em áreas ambientalmente sensíveis. | Ainda sobre este mesmo tema, continuamos a aula debatendo sobre o texto A Dimensão Ambiental da Urbanização das Favelas das autoras Rosana Denaldi e Luciana Nicolau Ferrara, ambas doutoras em Arquitetura e Planejamento pela Universidade de São Paulo. Para elas as favelas devem ser um tema principal do debate acerca da questão urbanística, pois parte da população presente nas metrópoles reside nas favelas, e que estas em grande parte estão situadas em áreas ambientalmente sensíveis. | ||
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* [[Vila Autódromo: remoção e resistência]] | * [[Vila Autódromo: remoção e resistência]] | ||
* [[Habitação e infraestruturas locais - urbanização versus remoção (live)]] | * [[Habitação e infraestruturas locais - urbanização versus remoção (live)]] | ||
* [[Vila Recreio 2 - Sonhos Demolidos (documentário)]]</blockquote> | * [[Vila Recreio 2 - Sonhos Demolidos (documentário)]] | ||
* [[Ciclo de debates sobre produção de conhecimentos e memórias em favelas e periferias]]</blockquote> | |||
[[Categoria:Temática - Educação]] | [[Categoria:Temática - Educação]] | ||
[[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]] | [[Categoria:Temática - Favelas e Periferias]] |